Notícias enchente em Porto Alegre : CDL Porto Alegre estima, na primeira semana de maio, R$ 585,4 milhões de prejuízo para o varejo
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Em nota técnica publicada na sexta-feira (10/5), a CDL Porto Alegre, entidade do varejo conectada a 300 municípios do Rio Grande do Sul, avalia o tamanho do impacto financeiro para o varejo gaúcho neste período de enchentes, com base na combinação entre levantamentos da Cielo e do IBGE. De acordo com a metodologia coordenada pelo economista-chefe da Entidade, Oscar Frank, os prejuízos, considerando apenas a primeira semana de maio, totalizam R$ 585,4 milhões.
O cálculo partiu da queda real (deflacionada pelo IPCA) apontada pelo Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) de 15,7% do faturamento do setor na semana entre 30 de abril e 05 de maio de 2024 em comparação com período equivalente de 2023 (02 a 07 de maio). Em seguida, foram utilizados os dados do IBGE, que permitem ter uma ideia da magnitude da receita semanal da categoria no Rio Grande do Sul nesta época do ano. Ao se aplicar o recuo das transações acusado pela Cielo ao valor médio transacionado por semana obtido junto ao IBGE, chegou-se ao número desejado. Como, no entanto, o último dado do Instituto é de 2021, o número está subestimado.
Avaliação dos resultados do ICVA para o Rio Grande do Sul
As transações no Rio Grande do Sul caíram 15,7%, sendo que, no território nacional, a retração foi significativamente inferior (-3,2%). É possível constatar uma disparidade notável. As categorias ligadas aos serviços e aos bens menos essenciais sofreram as piores perdas em função da interrupção da atividade econômica em diversos locais promovida pelo excesso de chuvas.
Em contrapartida, postos de gasolina (combustíveis) e super e hipermercados registraram crescimento extraordinário. “Entendemos que a dicotomia pode ser explicada pela reação da população diante da incerteza com o futuro, suscitando a formação de estoques de alimentos e outros itens básicos. Além disso, parte do incremento é reflexo das aquisições visando doações para os atingidos pelos alagamentos”, avalia Oscar Frank.
Para Porto Alegre, o recuo foi ainda mais expressivo (-17,4%). De fato, a cidade continua muito afetada pela elevação recorde do Guaíba e dos problemas derivados do fenômeno.