Notícias Rio Grande do Sul : evento solidário na Via Quintino, Mulheres pelo RS e produtores da noz-pecã

Giro de Notícias Rio Grande do Sul : 16 de novembro de 2023

Rio Grande do Sul : evento solidário na Via Quintino, Mulheres pelo RS e produtores da noz-pecã



Evento solidário reunirá 20 marcas gaúchas na Rua Quintino Bocaiúva

A Rua Quintino Bocaiúva, conhecida por seu charme e elegância, sempre foi um ponto de encontro onde histórias se entrelaçam e sonhos se realizam. Em meio a um cenário desafiador, diversas lojas localizadas na região se uniram e criaram o Via Quintino para movimentar o comércio local, impactado também pelos eventos climáticos, no próximo sábado, dia 25, das 10h às 17h. 

No lançamento, a proposta é que o público conheça as vinte marcas participantes, dentre elas Gobbi, loja de móveis, que promoverá “contação” de histórias, produção de desenhos e pinturas para as crianças junto a um ilustrador; e Natuzzi Itália RS, que fará uma degustação de oito azeites premiados da marca Estância das Oliveiras. As lojas prometem oferecer experiências únicas, e convidam a comunidade a apoiar crianças afetadas pelas enchentes com doações de livros infantis, brinquedos e material escolar. 


Voluntários do Clube Farrapos ganham café da tarde especial

A iniciativa Mulheres pelo RS promoveu, na tarde de sexta-feira (24/5), um café para mais de 40 voluntários do Clube Farrapos. Todos os itens oferecidos foram produzidos artesanalmente por marcas locais comandadas por mulheres, como a Confraria da Bruxa, o Café República e a Da Vó Ateliê de Cucas.

O Clube Farrapos funciona como um centro de coleta e distribuição de doações em Porto Alegre e tem mais de 1800 iniciativas cadastradas para receber os donativos. São aceitos no local alimentos não perecíveis e itens de limpeza e higiene pessoal, por exemplo.

O Mulheres pelo RS é criado por um grupo de empresárias com o objetivo de auxiliar na reconstrução do Estado, atuando principalmente para atender as necessidades da população feminina. A iniciativa já ajudou na estruturação de dois abrigos para mulheres na capital gaúcha e tem como meta arrecadar R$ 300 mil por meio de uma vaquinha para continuar ajudando quem mais precisa nesse momento.

Recentemente, o Mulheres pelo RS também adquiriu 500 sacolas térmicas para auxiliar pacientes do Instituto da Criança com Diabetes no transporte de insulina e ainda, 1.500 calcinhas do projeto do SOS Moda íntima, do Pólo de Guaporé, para distribuir na região metropolitana, gerando renda e trabalho para as costureiras locais e ajudando a suprir a demanda por roupas íntimas femininas.


Prejuízos dos produtores da noz-pecã

Produtores da noz-pecã no Rio Grande do Sul se viram em meio a um dos mais severos desastres climáticos já ocorridos em solo gaúcho. Nas diversas cidades por onde a pecanicultura se desenvolve, diferentes danos estão sendo contabilizados pelo Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), que congrega mais de 100 associados em dois terços da área cultivada e 90% das indústrias de processamento da fruta.

Conforme o presidente do IBPecan, Eduardo Basso, a área plantada de nozes-pecã no Brasil é da ordem de 10 mil hectares, sendo que 70% é em território gaúcho. A produção está distribuída em 215 municípios, somando 1,5 mil famílias dedicadas à produção, com grande concentração de pequenos e médios produtores, notadamente nos Vales dos rios Taquari e Rio Pardo, duas das principais regiões afetadas pelas cheias. A colheita envolve mais de mil pessoas, que sofrem com a interrupção na atividade. “A partir da base de informação, podemos afirmar que 81% dos pomares (175) tiveram reconhecidos seus estados de Calamidade (45) ou Emergência (130). Eles representam 89% da área total cultivada com nogueiras e 85% do total de produtores”, afirma o presidente.

“Além da perda de 80% da produção da safra de 2024, no caminho da destruição encontramos casas, galpões, estradas, infraestrutura de irrigação e áreas de produção ainda a serem colhidas. Os produtores retratam a dura realidade, como: “não vale a pena colher”, “rompimento de barragem e casa das bombas”, “qualidade baixa das nozes”, “início da germinação dentro da casca”, “queda dos frutos prontos e perdas pelas enxurradas”, “depois das perdas com o excesso de chuvas na polinização, agora vem a chuvarada”. São fotografias da tragédia, lamenta Eduardo Basso.