IBGE e ABRAS destacam o aumento nas vendas no mês de maio/21 no comércio e supermercados

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IBGE e ABRAS destacam o aumento nas vendas no mês de maio/21 no comércio e supermercados

Vendas do comércio crescem 1,4% em maio/21, segundo dados do IBGE. É a segunda alta consecutiva. Resultado foi puxado por sete das oito atividades pesquisadas. Já a pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) mostra que setor de supermercados acumula alta real nas vendas de 2,88% no mês de maio e aumento de preço de 1,52% em 30 dias para 35 produtos da cesta básica.

Em maio de 2021, o volume de vendas do comércio varejista nacional cresceu 1,4%, frente a abril, na série com ajuste sazonal, sua segunda alta consecutiva, após subir 4,9% em abril. A média móvel trimestral foi de 1,1% no trimestre encerrado em maio. Na série sem ajuste sazonal, as vendas do varejo subiram 16,0% frente a maio de 2020. O acumulado no ano foi a 6,8% e o acumulado em 12 meses, a 5,4%.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades veículos, motos, partes e peças e material de construção, também foi o segundo mês seguido de alta, sendo que o volume de vendas cresceu 3,8% em relação a abril. A média móvel trimestral permanece negativa (-0,2%). Frente a maio de 2020, houve alta de 26,2%. No ano, o varejo ampliado acumula alta de 12,4% e, em doze meses, as vendas subiram 6,8%.

Sete das oito atividades avançaram, na série com ajuste sazonal

O aumento de 1,4% no volume de vendas do varejo, na passagem de abril para maio de 2021, na série com ajuste sazonal, foi acompanhado de taxas positivas em sete das oito atividades pesquisadas: Tecidos, vestuário e calçados (16,8%), Combustíveis e lubrificantes (6,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (1,4%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,3%), Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,0%) e Móveis e eletrodomésticos (0,6%). A única atividade com recuo frente a abril foi a de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,4%). Já no varejo ampliado, os dois segmentos que complementam o índice do varejo tiveram alta: Veículos, motos, partes e peças (1,0%) e Material de construção (5,0%).

Em relação a maio de 2020, a alta do comércio varejista (16,0%) atingiu sete das oito atividades pesquisadas:
:: Tecidos, vestuário e calçados (165,2%),
:: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (59,8%),
:: Livros, jornais, revistas e papelaria (59,4%),
:: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (32,7%),
:: Móveis e eletrodomésticos (22,5%),
:: Combustíveis e lubrificantes (19,7%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (18,8%).
:: A única queda foi em Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-4,1%).

No comércio varejista ampliado, as duas atividades complementares tiveram desempenho positivo:
:: Veículos, motos, partes e peças subiu 71,9% e Material de construção, 25,7%.

O setor de Tecidos, vestuário e calçados, por sua vez, cresceu 165,2% em relação a maio de 2020, sua segunda taxa positiva nessa comparação. A atividade exerceu o segundo maior impacto sobre o varejo (5,8 p.p). O acumulado no ano, ao subir de 3,6% em abril para 26,2% em maio, mostra forte recuperação para o segmento, que, no entanto, continua negativo nos últimos 12 meses (-3,9%), embora com menos intensidade do que em abril (-15,0%).

O segmento de Móveis e eletrodomésticos cresceu 22,5% em relação a maio de 2020, sua quarta alta consecutiva. No ano, o setor acumula 15,0% de crescimento, taxa acima do resultado do mês anterior (13,0%). Nos últimos doze meses, mantém elevação do ritmo de crescimento, tendo passado de 16,4% até abril para 18,9% em maio.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria cresceu 18,8% frente a maio de 2020, sua décima segunda variação positiva consecutiva ante igual mês do ano anterior. O acumulado no ano passou de 16,2% até abril para 16,7% até maio. Nos últimos doze meses, o segmento acumula alta de 13,9% até maio.

As vendas de Combustíveis e lubrificantes subiram 19,7% em relação a maio de 2020, segunda alta consecutiva. O acumulado do ano deixa para trás o índice negativo de abril (-1,3%) e atinge alta de 2,5% em maio. Mas o indicador dos últimos doze meses ainda se encontra no campo negativo (-7,4% em abril e -4,3% em maio).

O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação cresceu 32,7% frente a maio de 2020, segunda taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano passou de 1,0% até abril para 6,4% em maio, mas o dos últimos doze meses está negativo (-4,1%).

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria aumentou 59,4% frente a maio de 2020, segunda taxa positiva consecutiva, após 14 meses de resultados negativos. O comportamento desta atividade vem sendo influenciado pela contínua substituição dos produtos impressos pelo meio eletrônico e redução de lojas físicas. Mas o indicador acumulado no ano passou de -33,9% até abril para -27,3% até maio, mostrando diminuição no ritmo de queda. Nos últimos doze meses, a queda soma 31,1% em maio.

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo foi o único que registrou recuo no indicador interanual (-4,1%), sendo seu quarto resultado negativo seguido. No ano, acumula, até maio, recuo de 2,6% – patamar semelhante ao registrado até abril (-2,3%). Nos últimos doze meses, porém, registra aumento em maio (1,5%).

No comércio varejista ampliado, o setor de Veículos, motos, partes e peças registrou crescimento de 71,9% em relação a maio de 2020, terceira taxa positiva seguida, exercendo a maior contribuição no resultado para o varejo ampliado (11,9 p.p de um total de 26,2%). No ano, o aumento é de 26,3%. Nos últimos doze meses, o segmento sai do negativo em maio, registrando alta de 4,1% (frente a -3,7% de abril).

Por fim, o segmento de Material de Construção (25,7%) contabiliza a décima segunda taxa positiva consecutiva na comparação com igual mês do ano anterior. No ano, o indicador mostrou estabilidade em relação ao que havia registrado até abril (25,6% em ambos). Nos últimos doze meses, manteve trajetória de crescimento iniciada em junho de 2020, passando de 21,1% em abril para 23,7% em maio.

Vendas crescem em 26 unidades da Federação em relação a abril

De abril para maio de 2021, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista mostrou aumento de 1,4%, com predomínio de resultados positivos em 26 das 27 unidades da Federação, com destaque para: Amapá (23,3%), Ceará (9,4%) e Minas Gerais (9,2%). O único estado com resultado no campo negativo foi Goiás (-0,3%).

Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, o aumento foi de 3,8%, com predomínio de resultados positivos em 24 das 27 unidades da Federação, com destaque para: Amapá (21,6%), Minas Gerais (8,6%) e Distrito Federal (6,9%). Por outro lado, pressionando negativamente, temos Sergipe (-4,9%), Ceará (-1,0%) e Tocantins (-0,3%).

Frente a maio de 2020, as vendas do comércio varejista subiram 16,0%, com resultados positivos em 26 das 27 unidades da Federação, com destaque para: Amapá (92,0%), Piauí (44,6%) e Pará (43,4%). Pressão negativa apenas do Tocantins (-2,7%). Já no comércio varejista ampliado, o aumento de 26,2% foi seguido pelas 27 UFs, com destaque para Amapá (105,3%), Piauí (62,4%) e Pará (57,5%).

Supermercados têm alta de 2,88% nas vendas em maio, diz Abras

O setor de supermercados acumula alta real nas vendas de 5,32% (deflacionado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA) no acumulado de janeiro a maio/21, comparado a igual período de 2020, de acordo com o Índice Nacional de Consumo dos Lares Brasileiros, calculado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgado na quinta-feira (08.07) pela entidade. Em maio, na comparação com o mesmo período do ano passado, houve crescimento de 2,88%. Em relação a abril deste ano, a alta foi de 1,98%.

Índice Abrasmercado indica aumento de 1,52% em 30 dias para 35 produtos da cesta

Em maio, o Índice Abrasmercado, composto por uma cesta de 35 produtos mais vendidos nos supermercados, subiu 1,52% em relação a abril. Com isso, a cesta chegou ao valor de R$ 653,42, contra R$ 643,67 do mês anterior.

A cesta Abrasmercado é composta por produtos alimentícios, incluindo cerveja e refrigerante, de higiene, de beleza e de limpeza doméstica.

As maiores altas nos preços da cesta em maio foram: tomate, 7,12%, biscoito cream cracker, 3,58%, carne (corte dianteiro), 3,20%, carne (traseiro) 3,07% e a farinha de trigo, 3,02%.

Entre as principais baixas aparecem: cebola 11,47%, arroz 1,92%, xampu 1,20%, batata 0,86%, feijão 0,83% e queijo muçarela, 0,83%. Destaque para o tomate que, apesar da alta no mês, acumula uma queda de preços de 15,24% no ano. Batata com acumulado de quase 30% de queda de janeiro a maio. E para a cebola, a tendência é mais redução de preços nos próximos meses.

Em maio, as cinco regiões do país tiveram alta nos preços da cesta Abrasmercado. A maior oscilação foi no Sul, 2,1%. A cesta passou de R$ 694,99 para R$ 709,59. O Nordeste veio em segundo lugar, com aumento de 2,01%. Nesta região, a cesta subiu de R$ 569,78 para R$ 581,26. Nas capitais e principais regiões pesquisadas, a cesta só baixou de preço em João Pessoa, 0,75%, passando de R$ 557,80 para R$ 553,62. A maior elevação no custo da cesta foi em Natal, 6,51%, saindo de R$ 565,81 para R$ 602,65. Em Fortaleza, alta de 2,25%.