Sortimentos.com Agropecuária Notícias e Indicadores 14.09.21 : preços do boi gordo, suíno, açúcar, milho, em alta; frango segue estável; e, café em queda
O preço da arroba do boi gordo teve alta de quase 2%, na terça-feira (14.09.21), em São Paulo, sendo comercializada a R$ 310,60. Em Belo Horizonte (MG), o preço da arroba do boi gordo está estável com venda a R$ 294,50. Em Goiânia (GO), a arroba do boi gordo é vendida a R$ 292,50 e em Cuiabá (MT), a R$ 282,50.
O preço do quilo do frango congelado esteve estável, sendo comercializado em São Paulo a R$ 8,37. Em Santa Catarina, o quilo do frango congelado é contado a R$ 8 e em Porto Alegre, a R$ 8,05.
O preço da carcaça do suíno teve alta de quase 1,5%, em São Paulo, com venda a R$ 9,40 o quilo. No Paraná e em Santa Catarina, o quilo da carcaça do suíno é comercializado a R$ 9,30.
O preço da saca de 60 quilos do café arábica teve queda de 0,5%, em São Paulo, com venda a R$ 1.068. O preço da saca de café robusta teve alta de quase 0,5%, com venda a R$ 737,67.
O valor da saca do açúcar cristal teve alta de quase 1,5%, em São Paulo, sendo comercializada a R$ 142,17. Em Ribeirão Preto (SP), a saca do açúcar bruto foi vendida a R$ 140, a R$ 141 no Triângulo Mineiro e a R$ 143 em Maringá (PR).
O preço da saca do milho teve alta de quase 0,5%, sendo comercializada a R$ 93,71, em São Paulo. Em Rio Verde (GO), a saca do milho tem cotação de R$ 84; em Erechim (RS) a R$ 95 e em Cascavel (PR) a R$ 91.
Os valores são do Canal Rural e Cepea. Fonte: Brasil 61
Agropauta Web Talks da AgroEffective : altos custos na produção de leite retiram produtores da atividade
As altas nos custos de produção e a falta de previsibilidade de preços estão desestimulando a produção de leite no Rio Grande do Sul. Com isto diversos produtores vem deixando a cadeia produtiva. É o que avaliam os participantes do Agropauta Web Talks ocorrido na noite de segunda-feira, 13 de setembro de 2021. Estiveram presentes no encontro virtual o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, o assessor do Sistema Farsul, Rodrigo Rizzo, e a presidente do Sindicato Rural de Tenente Portela (RS), Márcia Mueller.
Rizzo lembrou do recente relatório da Emater, onde mais de 50% dos produtores de leite no Estado deixaram a atividade de 2015 até agora. Citou também números da assessoria econômica do Sistema Farsul, onde demonstram o aumento dos custos para o produtor. “O custo de produção em julho de 2020, que era de R$ 1,28 passou para R$ 1,59 em julho de 2021.. Portanto tivemos 24% de aumento em relação à 12 meses. E se pegarmos o preço do nosso Conseleite em julho de 2020, de R$ 1,45 e em julho deste ano de R$ 1,70, dá um acréscimo de 18%. Isso nos leva a um resultado final de que a margem para o produtor reduziu em 33% nestes últimos 12 meses, ou seja, ele perdeu um terço em 12 meses”, salientou.
Márcia reforçou lembrando dos problemas enfrentados pelos produtores de leite, seja com o clima ou seja de ordem econômica. “A atividade está à mercê de muitas intempéries, sejam elas climáticas ou sejam elas de fatores de nível de influência econômica especialmente no que tange o custo de algumas commodities que é o fator da matéria prima. E falo de quanto isso tem mexido no bolso do produtor rural e de qualquer cidadão que é consumidor. Vivemos em um momento de instabilidade e de grandes dificuldades pelos altos custos de produção e isso faz com o que os produtores saiam da sua atividade porque não conseguem organizar suas propriedades em alguns níveis de conhecimento”, ressaltou.
Já Tang frisou também a necessidade de uma previsão de preços pagos ao produtor para que o mesmo possa realizar investimentos em qualidade e sanidade na propriedade. “Uma terneira nascida em setembro de 2021 só vai produzir lucro em setembro de 2023, são 24 meses, isso com ela bem criada, com conforto e boa comida. Então o segmento leite não é para aventureiros, não se pode um ano produzir leite e outro não, ele precisa se manter. O produtor de leite, e esta é uma luta grande, precisa ter um preço mínimo e até um preço futuro, que tenhamos certeza que não iremos ganhar menos e poder fazer algum investimento. É médio e longo prazo”, explicou.
Temporada de Primavera da Pecuária
Pelo Rio Grande do Sul, serão realizados diversos remates que ocorrerão em Expofeiras e leilões particulares. E a expectativa é de um aumento nas médias em pelo menos 20% sobre os valores do ano passado.
A estimativa é do leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva. Esta avaliação remete aos leilões realizados nos últimos dois meses, onde houve grande busca por animais das variadas raças europeias e sintéticas trabalhadas pelos criatórios gaúchos. “Nos últimos 60 dias nos mostrou uma alta demanda não só por machos mas por fêmeas. A estimativa que mantemos é de 20% a mais em médias em relação ao ano passado”, salienta.
A equipe comercial da leiloeira esteve revisando os lotes e participando de dias de campo pelo interior nas últimas semanas. Conforme o dirigente, a qualidade genética traz otimismo de sucesso para a temporada. “Todos os nossos leilões de bovinos estamos muito entusiasmados e cheio de expectativas, tivemos oportunidades de revisar todos os animais das propriedades e acreditamos que estão todos com uma qualidade e uma apresentação bem superior aos anos anteriores”, ressalta.
O primeiro leilão será o da GAP Genética, de Uruguaiana (RS), no próximo dia 18 de setembro, considerado um balizador da temporada em termos de preços. Na sequência, acontece o Selo Racial, comandado pela Cia. Azul, também do município da Fronteira Oeste gaúcha, nos dias 23 e 24 de setembro. Já em outubro serão quatro leilões, começando pela Santa Tereza, de Camaquã (RS), no dia 5, Bela Vista, de Santana do Livramento (RS), dia 12, Aurora, de Uruguaiana, dia 15, e Santo Izidro, de Dilermando de Aguiar, dia 21.