Banco Central divulga Relatório de Inflação trimestral

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O relatório de inflação do Banco Central apresenta as diretrizes das políticas adotadas pelo Copom, considerações acerca da evolução recente do cenário econômico e projeções para a inflação.

As projeções são apresentadas em cenários com condicionantes para algumas variáveis econômicas.

O Copom utiliza um conjunto amplo de modelos e cenários para orientar suas decisões de política monetária. Ao expor alguns desses cenários, o Copom procura dar maior transparência às decisões de política monetária, contribuindo para sua eficácia no controle da inflação, que é seu objetivo precípuo.

Economia internacional

  • As expectativas de inflação para prazos mais longos recuaram nas economias avançadas, mas os núcleos ainda estão elevados e acima da meta em muitas economias.
  • Os bancos centrais têm comunicado que o processo de desinflação segue avançando gradualmente e alguns afirmado confiança na sua continuidade até convergência.
  • A atividade global continua resiliente, apesar de perspectivas de moderação.

Atividade econômica

  • O crescimento da economia brasileira voltou a surpreender positivamente no segundo trimestre de 2024.
  • O impacto das enchentes no Rio Grande do Sul sobre a atividade econômica foi menor que o esperado.
  • O mercado de trabalho está aquecido, com taxa de desemprego muito próxima da menor dos últimos dez anos.
  • A projeção de crescimento do PIB brasileiro em 2024 foi novamente revisada para cima, de 2,3% para 3,2%.

Preços

  • A inflação acumulada em 12 meses aumentou de 3,8% em maio para 4,2% em agosto.
  • As medidas de núcleo da inflação também subiram.
  • As expectativas dos analistas econômicos – aqueles que sempre erram suas projeções no Boletim Focus, para a inflação no curto e médio prazo pioraram, afastando-se ainda mais da meta de inflação.

Projeções de inflação e riscos

  • No horizonte relevante para a política monetária, correspondendo ao primeiro trimestre de 2026, a projeção de inflação está em 3,5%. Vale lembrar que os analistas, sempre erram.
  • Expectativas de inflação desancoradas por muito tempo, inflação de serviços mais resiliente em função da atividade econômica e políticas econômicas de impacto inflacionário podem dificultar o controle da inflação. Isso é, gerar empregos, brasileiros consumindo e empresas investindo é ruim para o controle da inflação. Só pode ser brincadeira ou incompetência na gestão das variáveis econômicas
  • Por outro lado, uma redução mais forte do crescimento econômico global e da inflação mundial poderiam ajudar a reduzir a inflação no Brasil.
  • Dessa vez, os riscos que dificultam o controle da inflação parecem mais fortes do que aqueles que atuariam no sentido contrário.
  • Uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros.

Decisão de política monetária

  • Um cenário de atividade econômica em patamar elevado, de mercado de trabalho aquecido, de projeções de inflação cada vez maiores e de expectativas desancoradas justifica uma política monetária mais contracionista.
  • O ritmo e a magnitude do ciclo de alta que se inicia serão ditados pelo firme compromisso de trazer a inflação para a meta.
  • O controle da inflação é muito importante para o país crescer com geração de empregos e para garantir o poder de compra dos brasileiros.

Editorial

Não foi por risco de inflação

COPOM – AUMENTOU A SELIC PARA CAPTAR CAPITAL VOLATIL E ESPECULATIVO VISANDO BENEFICIAR O SISTEMA FINANCEIRO

IPCA-15, prévia da inflação, fica em 0,13% em setembro, abaixo do registrado em agosto e bem abaixo das previsões do mercado financeiro, que esperava aumento de 0,28%.

O índice da inflação acumula alta de 3,15% em 2024 e 4,12% nos últimos 12 meses.

COPOM – AUMENTOU A SELIC PARA CAPTAR CAPITAL VOLATIL E ESPECULATIVO VISANDO BENEFICIAR O SISTEMA FINANCEIRO

Os ‘especialistas’ consultados para o Boletim Focus nunca acertam suas previsões e seus ‘achismos’ são considerados como referência.

Para piorar temos no Banco Central uma gestão política e não técnica e que atua para beneficiar grupos.

Mais : membros do Governo dito ‘popular e de esquerda’ no COPOM votaram a favor do aumento da taxa Selic.

Sim! O governo federal tá nessa! Enquanto isso, políticos identificados com a esquerda num silêncio absurdo em relação as taxas de juros cobradas nos rotativos dos cartões de crédito, que chegam aos 800%.

Todas as semanas os ‘especialistas’ do mercado financeiro se reúnem e fazem projeções para inflação e dólar. Toda semana revisam. Todos os anos erram. Sim, ‘os erros’ das projeções custam ao cidadão e ao meio produtivo brasileiro um alto custo.

Pior, as vezes o erro é mais grave. Em 2022, o BC desconsiderou algumas operações de importação, que gerou estimativa incorreta de que o país havia importado US$ 238 bilhões, quando na verdade foram US$ 250 bilhões. O mesmo erro ocorreu em 2021.

Quem não consegue nem fechar seu balanço no positivo tem capacidade de gerir a economia ?
Pelo segundo ano seguido, o Banco Central (BC) fechou o balanço no negativo. Depois de registrar prejuízo de R$ 298,5 bilhões em 2022, o BC teve prejuízo de R$ 114,2 bilhões em 2023.

Quem cobre o prejuízo ? O cidadão e as empresas.