Covid-19: Brasil tem 12,5 milhões de casos e 312,2 mil mortes
O número de pessoas que não resistiram à Covid-19 no Brasil subiu para 312.206. Em 24 horas, foram registradas 1.656 mortes. Há ainda 3.566 óbitos em investigação no país. Segundo Ministério da Saúde, 10.912.941 pessoas já se recuperaram. Já o total de pessoas infectadas pelo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 12.534.688. Em 24 horas, foram confirmados pelas autoridades sanitárias 44.326 novos casos.
Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite deste domingo (28). O balanço é produzido a partir de informações fornecidas pelas secretarias estaduais de saúde.
Há, ao todo, 1.309.541 pessoas com casos ativos da doença em acompanhamento por profissionais de saúde e 10.912.941 pacientes já se recuperaram.
Na lista de estados com mais mortes estão São Paulo (71.991), Rio de Janeiro (36.109), Minas Gerais (23.687) e Rio Grande do Sul (18.823). As unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.234), Amapá (1.268), Roraima (1.320), Tocantins (1.972) e Alagoas (3.489).
Em número de casos, São Paulo também lidera (2.420.100), seguido por Minas Gerais (1.100.575), Paraná (836.936), Rio Grande do Sul (830.630) e Santa Catarina (795.391).
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Recorde Triste : Brasil registra 3,6 mil mortes por Covid-19 em 24 horas
País totalizava 307.326 óbitos pela doença no dia 26/03/2021. A média móvel de mortes no país chegou a 2,4 mil, também recorde.
Em 24 horas, foram registradas 3,6 mil mortes, um recorde. É a primeira vez, desde o começo da pandemia, que passamos de 3,5 mil em 24 horas. Esse número sofreu impacto do represamento de dados provocado pela mudança no sistema de notificação do governo federal esta semana, mudança que, depois, foi revogada. Isso, claro, não muda o fato de termos tantas vidas interrompidas pela Covid-19. O total de pessoas que morreram da doença chegou a 307.326.
O represamento de dados fica claro quando avaliamos alguns estados. No caso de Minas Gerais, nesta sexta-feira, foram registradas 316 mortes em 24 horas. Na quinta (25), eram 74, um aumento de mais de quatro vezes.
No Rio Grande do Sul e em São Paulo, os números dobraram em 24 horas. No Rio Grande do Sul, de 193 mortes para 408, e em São Paulo, de 599 para 1.193 vítimas.
Em 24 horas, 82.558 novos casos foram confirmados. Já são 12.407.323 diagnósticos. E a média de casos está em 75.759 por dia, 6% a mais do que 14 dias atrás. Aumento dentro da faixa de estabilidade.
O país tem média de 2,4 mil mortes por dia, mais um recorde. Crescimento de 32% em duas semanas, com tendência de alta.
Com alta na média de mortes, estão 19 estados e o Distrito Federal. Quatro estados estão em estabilidade e dois estados estão com queda na média de mortes: Roraima e Amazonas.
No Brasil, 808.643 pessoas receberam a primeira dose em 24 horas. É o maior número de vacinados em um único dia desde o começo da vacinação, em 17 de janeiro. O total de vacinados com a primeira dose chegou a 14.883.220, o que corresponde a 7,03% da população. Receberam a segunda dose 4.640.586 pessoas ou 2,19% da população.
Estado de São Paulo bate novo recorde de mortos por Covid-19 em um dia
Foram 1.193 mortes em 24 horas. Segundo o governo do estado, o alto número também é reflexo de um represamento dos registros de óbitos da doença esta semana por causa das mudanças no sistema feitas pelo Ministério da Saúde.
Os enterros em sequência acontecem todos os dias há mais de duas semanas. São Paulo chegou a 1.193 mortes por Covid-19 em 24 horas e bateu um novo recorde. Segundo o governo, o alto número também é reflexo de um represamento dos registros de óbitos da doença esta semana por causa das mudanças no sistema feitas pelo Ministério da Saúde. No total já são mais de 70 mil mortes.
O estado de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (26) a prorrogação da fase emergencial, que acabaria na próxima terça-feira (30), até o dia 11 de abril.
“A gente começa a ver o resultado positivo desse período todo de sacrifício de toda sociedade. Temos ainda uma situação de aumento progressivo de casos, internações e, infelizmente, também, de perda de vidas, mas numa velocidade um pouco menor do que a gente tinha no início deste período”, diz Paulo Menezes, coordenador do Cento de Contingência da Covid em SP.
Nesta sexta, com o começo do feriado emergencial na capital, cerca de cem cidades do interior e do litoral montaram barreiras sanitárias para evitar que as pessoas viagem.
Especialistas explicam por que é fundamental evitar as aglomerações nos próximos dias
Os números da pandemia no Brasil falam por si: mais de 3.600 mortes em 24 horas; mais de 305 mil vidas perdidas. Em São Paulo, o ritmo dos cidadãos e das empresas vai mudar completamente durante dez dias para tentar frear esta escalada trágica.
Comércio fechado e ruas mais vazias do que o habitual na maior na cidade do país. São reflexos do feriado emergencial de dez dias seguidos, que começou nesta sexta (26) e só termina no domingo de Páscoa, 4 de abril.
Mas, desta vez, a palavra que lembra lazer, descanso, diversão, precisa ganhar um outro significado. E, para que ninguém tenha dúvidas, especialistas defendem até que ele receba um outro nome: recesso sanitário.
“São 10 dias de reclusão, de lockdown, para evitar que a doença se propague. Por isso que não deve ser encarado como um feriado, porque o feriado convida ao lazer, convida à confraternização, convida a visitar os amigos, os parentes, a fazer programas. Não é isso, é um lockdown. Ou seja, a gente tem que evitar o contato próximo com o outro, porque é um vírus que passa de pessoa para pessoa”, alertou a microbiologista Natália Pasternak.
Quando respiramos, falamos, jogamos no ar os aerossóis, partículas muito pequenas, às vezes até invisíveis a olho nu. O vírus da Covid é ainda menor do que essas partículas e consegue pegar carona nelas.
Estudos feitos por pesquisadores da Ásia e da Europa já demonstraram que os aerossóis podem permanecer no ar por várias horas.
“Essas partículas já houve documentação de casos de contaminação, por exemplo, em restaurantes por uma única pessoa infectada que, na verdade, transmitiu o vírus para várias outras pessoas que adentraram na sala horas depois que essa pessoa esteve lá”, contou Paulo Artaxo, coordenador do Laboratório de Física Atmosférica da USP.
Mesmo numa reunião familiar ou com poucos amigos, basta que uma pessoa sem sintomas esteja infectada para que as gotículas expelidas quando ela fala contaminem quem está em volta. Essa é a principal forma de transmissão.
Mas como o vírus também fica em superfícies, se alguém tocar numa garrafa, em um copo ou nos talheres usados pela pessoa infectada pode transportar o vírus para outros lugares e até se contaminar.
Quanto mais gente estiver reunida, mais essas situações de risco são potencializadas. Vale para qualquer lugar fechado com grande aglomeração de pessoas, como bares, restaurantes e no transporte público.
Atividades ao livre são mais seguras, mas não dá para relaxar completamente, porque se alguém do seu lado estiver contaminado, os aerossóis carregados de vírus ficam suspensos na atmosfera por alguns minutos.
Um estudo feito por uma universidade da Finlândia mostra como os aerossóis se espalham em diferentes situações. Primeiro, quando uma pessoa sem máscara fala num ambiente mal ventilado durante 1 minuto – 4 minutos depois surgem mais gotículas e elas se espalham.
Os aerossóis diminuem bastante quando a pessoa usa máscara e está num ambiente bem ventilado. Agora repare: ainda estão lá. Ou seja, os cuidados precisam continuar.
“É importante sempre ter distanciamento social, porque um grupo de 10 pessoas, por exemplo, muito próximas entre si, mesmo em um ambiente aberto, pode haver a transmissão do vírus de uma maneira muito intensa. Nada substitui o uso de máscaras o tempo inteiro e nada substitui o distanciamento social que tem que ser mantido até a hora que a gente vencer essa pandemia – e isto é possível”, comentou Paulo Artaxo.