Comportamento
Programa de Diversidade do Sistema Fecomércio-RS / Sesc / Senac lança cartilhas para conscientização sobre racismo e violência
Cartilhas “Vamos repensar nosso o vocabulário ? O Racismo Sutil” e “Violência contra as mulheres – Vamos juntos acabar com o abuso” convidam à sensibilização
Proporcionar ambientes igualitários e abrir espaço ao diálogo e a ação, este é o objetivo do Programa de Diversidade do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac – Para Todos que lançou dois materiais informativos para a conscientização e sensibilização sobre temas latentes na nossa sociedade: o racismo e a violência contra as mulheres. Os materiais foram elaborados pelos grupos de trabalho formado por colaboradores da Instituição.
A cartilha “Vamos repensar o nosso vocabulário? O Racismo Sutil” reúne uma série de termos usados no dia a dia que reforçam estereótipos e preconceitos raciais, seus significados e/ou a origem de tais expressões, além disso, o material apresenta palavras que são opções de substituição. Já a cartilha “Violência contra as mulheres – Vamos juntos acabar com o abuso” busca chamar a atenção para os tipos de violência e como ela pode ser silenciosa, além de orientar sobre como buscar e/ou oferecer ajuda, expressões que reforçam o machismo e o convite para riscarmos tais termos do nosso vocabulário.
Vamos repensar o nosso vocabulário ?
Exemplos de expressões racistas
- “A coisa tá preta”: O termo associa a palavra “preto” com uma situação desconfortável, desagradável, difícil ou perigosa. Você pode dizer que “a coisa tá difícil”;
- “A dar com pau”: A expressão tem origem nos navios que traziam os povos escravizados, quando algumas pessoas preferiam morrer de fome a serem escravizadas. Assim, elas eram alimentadas à força com um tipo de colher de pau grande, daí vem a expressão “a dar com pau”. Substitua por “bastante, muito, etc”;
- “Denegrir”: Tem como real significado “tornar negro”, “escurecer”. É usado para difamar ou acusar injustiça por outra pessoa, sempre usado de forma pejorativa, ou seja, utilizar esta palavra pejorativa é extremamente racista. Que tal usar “difamar”;
- “Nhaca”: Desde a época colonial o termo é usado para falar de algo com cheiro forte, desagradável. O que pouca gente sabe é que Inhaca é uma ilha de Moçambique e é daí que vem o uso do termo, mais uma vez para reforçar estereótipos e preconceitos. Troque por “cheiro ruim” ou “cheiro desagradável”.
LEIA MAIS
Artigo : “Não sou tuas negas”; ou como o racismo contamina a língua, por Maristela dos Reis Sathler Gripp
Violência contra as mulheres
Vamos juntos acabar com o abuso
Muitas pessoas acreditam que a violência é apenas física, porém uma vítima de violência física pode percorrer uma longa jornada de agressões verbais, psicológicas e emocionais antes mesmo de chegar ao ápice das vias de fato.
Conheça os tipos de violência:
- Violência psicológica: ações que causam dano emocional e diminuem a autoestima, prejudicam o desenvolvimento da mulher ou ainda tem a intenção de controlar seu comportamento
- Violência moral: ações que configurem calúnia, difamação ou injúria.
- Violência patrimonial: condutas que configurem retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.
- Violência física: Agressão que toca a integridade ou saúde corporal da mulher
- Violência sexual: Ato físico ou constrangimento a presencial, manter ou participar de alguma relação sexual não desejada
Como denunciar?
180 – Central de Atendimento à Mulher
190 – Brigada Militar (fato em ocorrência)
181 – Secretaria de Segurança Pública
197 – Polícia Federal
(51) 9.8444.0606 – Whats Denúncia