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Endividamento das famílias brasileiras bate recorde, conta de luz mais cara, energia não pode ser cortada por falta de pagamento e despejo por falta no pagamento de aluguel será suspenso
Endividamento das famílias brasileiras bate novo recorde
Endividamento das famílias brasileiras bateu novo recorde. Atingiu 58% da renda acumulada em doze meses. Os dados foram divulgados pelo Banco Central, e são referentes ao mês de março/21. Para se ter uma ideia, em março de 2020, no começo da pandemia, este porcentual era de 49%. Aumento de quase oito pontos porcentuais.
Para o cálculo, entram vários tipos de dívida, como empréstimo bancário, cartão de crédito e compra da casa própria. Segundo o Banco Central, a alta no endividamento das famílias se deve principalmente a dois fatores: a queda na renda do trabalhador e a expansão do crédito bancário. O levantamento alerta ainda que muitas pessoas estão, cada vez mais, comprometendo a renda mensal com o pagamento de dívidas.
Aumento na conta de luz
A conta de luz da família brasileira vai ficar cinco por cento mais cara em julho/21. Na prática, uma casa que gasta em média 150 reais por mês de energia vai passar a pagar 157 reais e 50 centavos. A Agência Nacional de Energia Elétrica, a ANEEL, confirmou o novo valor da taxa extra para o consumo de energia no país.
Pelo sistema de bandeira tarifária já estamos na mais alta, a vermelha patamar dois. Porém, o custo de seis reais e 24 centavos a mais para cada 100 quilowatts hora consumidos na conta de luz não é o suficiente para cobrir os gastos com a produção de energia no país. Com isso, a ANEEL ajustou o valor da bandeira vermelha para nove reais e 49 centavos.
O reajuste faz parte de uma série de medidas do governo federal para enfrentar a crise hídrica que afeta as principais regiões de hidrelétricas. O uso acelerado das águas de rios para agricultura e falta de chuva preocupa autoridade do setor que temem um novo apagão no país. Além do preço mais caro, o Ministério de Minas e Energia emitiu comunicado oficial pedindo para que os brasileiros reduzam o consumo de energia.
Corte de energia elétrica
Famílias de baixa renda não poderão ter a luz cortada por falta de pagamento da fatura até o dia 30 de setembro de 2021. A Agência Nacional de Energia Elétrica, a ANEEL, prorrogou a medida. Aproximadamente 12 milhões de famílias, que se encaixam na tarifa social de energia elétrica, serão beneficiadas com a medida.
A suspensão no corte de luz destas famílias foi adotada por conta da Covid-19. No início da pandemia, em março de 2020, a medida adotada pela ANEEL era mais ampla e servia para todos os consumidores residenciais e serviços essenciais. Desde de julho de 2020, vale apenas para as famílias de baixa renda.
Despejo por falta de pagamento
O despejo por falta no pagamento de aluguel será suspenso até o fim de 2021 A medida, tomada por conta da pandemia, foi aprovada no congresso nacional e agora precisa ser sancionada pelo presidente.
A suspenção das ações de despejo vale para imóveis residenciais e comerciais. Porém, nem todos os imóveis estão incluídos no projeto. Só vale para aluguéis residenciais considerados de baixa renda, com valor de até 600 reais. Já para os imóveis comerciais, o limite é de mil e 200 reais. Também, se ficar provado que a renda do aluguel é a única fonte de renda do locatário, a ação de despejo poderá ser aplicada.
O inquilino também deverá comprovar a perca de renda por conta da pandemia para não ser despejado. Conforme o texto da medida, hoje mais de 84 mil famílias correm o risco de serem colocadas na rua por conta da crise econômica.