Sortimentos.com Rio Grande do Sul Notícias (07.12)
Coronavírus em alta, oposição discriminada na mesa diretora da Câmara de Vereadores e o futuro do Mercado Público
Previsão do tempo: A segunda será de muita nebulosidade em todas as regiões do Estado, com possibilidade de chuva na Região Metropolitana, no Sul e no Leste do Estado. Porto Alegre terá máxima de 23ºC.
RS vive período mais crítico da pandemia
A pandemia do coronavírus está prestes a mostrar sua face mais cruel no Rio Grande do Sul. Apesar dos alertas recentes, o Estado tem, em média, somente dois de cada dez leitos de UTI livres. Trata-se do patamar mais alto de ocupação desde o início da pandemia, só que agora em um momento de franca expansão de casos. Conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde, novembro foi o mês com maior número de novos registos de infecção pelo coronavírus, e o reflexo disso já aparece no sistema de saúde.
No domingo (06.12) a ocupação de leitos de UTI na rede privada em Porto Alegre chegou a bater nos 100% – no fim do dia, baixou para 99,2%. Somando com a rede pública, há no total 319 internações de infectados ou com suspeita de Covid-19 em tratamento intensivo. É o maior patamar desde 22 de setembro. Se os números seguirem crescendo nessa proporção, a Prefeitura prevê que a capacidade de absorver pacientes em leitos de UTI na Capital vai se esgotar por volta de 11 de janeiro, mesmo com a expansão de vagas prevista.
Cenário é pessimista
Entrando no nono mês de luta contra a Covid-19 e com a população já cansada das restrições, o cenário que se aproxima é pessimista. “Se não estamos entrando na fase mais difícil da luta contra o coronavírus, estamos muito perto disso”, advertiu o secretário da Saúde de Porto Alegre, Pablo Stürmer. Para ele, a demanda represada de pacientes que não têm Covid-19 em leitos de UTI pressiona ainda mais o sistema.
Profissionais de saúde estão exaustos
O colapso só não aconteceu por conta de uma experiência já adquirida no manejo de recursos. Mas os profissionais estão exaustos. Reportagem de GZH abordou como anda a rotina de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem neste enfrentamento e constatou sinais de esgotamento. A tensão constante somada à falta de perspectiva de melhora tem se expressado nesses profissionais por meio de crises de choro, brigas, sintomas depressivos e pesadelos. “A equipe está esfacelada”, definiu a chefe do Serviço de Medicina Intensiva Adulto do Hospital Moinhos de Vento, Roselaine Pinheiro de Oliveira.
RS prepara logística para receber vacinas
Mesmo antes de definida a vacina contra a Covid-19 que será utilizada no Rio Grande do Sul, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) trabalha na logística para a conservação e distribuição do imunizante. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde está organizando e adequando a estrutura da rede de frio para armazenagem e distribuição das doses, que serão recebidas em Porto Alegre e depois entregues às Centrais de Frio das 18 Regionais de Saúde e em 308 câmaras de conservação de municípios com até 100 mil habitantes. Inicialmente, a vacina será destinada a populações prioritárias definidas pelo Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.
O RS apoiou a nota publicada no sábado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde que defende que todas as vacinas com eficácia e segurança comprovadas contra a Covid-19 sejam incorporadas ao Plano Nacional de Imunizações.
Vereadores de oposição são excluídos das negociações
Os vereadores do PSOL, PT e PCdoB, partidos declaradamente de oposição e que, juntos, conquistaram 10 das 36 cadeiras na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, estão sendo excluídos das negociações para a divisão dos cargos da mesa diretora da Casa. Segundo Rosane de Oliveira, os parlamentares da base do prefeito Sebastião Melo vêm se reunindo sem dar espaço ao bloco, liderado por Pedro Ruas (PSOL).
O grupo governista, que conta com 18 parlamentares, deve indicar para a presidência da Câmara o vereador Márcio Bins Ely, do PDT, que conquistou duas vagas. Ruas, reclama que os acordos contrariam o regimento interno da Casa, que pede respeito à proporcionalidade. “Vejo nisso um delito político, pois é a vontade da sociedade que está sendo desrespeitada.” Caso se confirme, será quebrada mais uma vez a tradição de dar às bancadas mais votadas um ano de poder na mesa – o mesmo ocorreu na última legislatura.
O futuro do Mercado Público na gestão de Melo
O prefeito eleito Sebastião Melo (MDB) e seu vice Ricardo Gomes (DEM) têm se mostrado favoráveis a passar a administração do Mercado Público para a Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), encerrando o impasse sobre o modelo de gestão do espaço. Em junho o atual prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB) lançou um edital de concessão do Mercado para a iniciativa privada, que acabou suspenso pelo Tribunal de Contas do Estado por entender que o processo deveria passar pela Câmara Municipal.
A Ascomepc, que desde o incêndio de 2013 assumiu as reformas que seriam bancadas pelo município, manifestou diversas vezes o interesse em assumir a gestão do Mercado para administrar os recursos da Prefeitura. A presidente da associação, Adriana Kauer, que deve se reunir com Melo nesta semana para a primeira conversa, afirmou que as reformas prioritárias são o projeto de acessibilidade e a parte elétrica do segundo andar, atingido pelo incêndio.
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Sortimento Giro de Notícias Rio Grande do Sul
Produzido pela redação de Sortimentos.com com informações do Matinal Jornalismo, assessorias de imprensa e intervenções de Fábio Juchen.
