Movimento nas rodovias do RS cresce 26% no primeiro semestre e reforça retomada econômica após tragédia climática de 2024
Mesmo após registrar uma retração de 1,5% entre maio e junho de 2025, possivelmente associada com eventos climáticos recentes, o tráfego nas rodovias do Rio Grande do Sul manteve tendência positiva em relação ao ano passado. Em junho, o volume de viagens foi 26,4% superior ao observado no mesmo mês de 2024, refletindo o processo consistente de retomada da mobilidade no estado após os severos impactos do evento climático extremo ocorrido em maio do ano passado.
A recuperação foi puxada principalmente pelos veículos leves, cujo tráfego avançou 30,9% na comparação interanual, enquanto os pesados apresentaram alta de 9,0%. Essa variação expressiva ainda reflete uma base estatisticamente deprimida em junho de 2024, quando parte significativa da malha rodoviária foi afetada pela calamidade, resultando em bloqueios, desvios e interrupções no fluxo de veículos.
Os dados fazem parte da mais recente edição do Monitor de Tráfego nas Rodovias, estudo mensal elaborado pela Veloe em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). A iniciativa integra o Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade e acompanha, desde janeiro de 2020, a movimentação de veículos nas estradas estaduais como termômetro da atividade econômica e da logística regional.

No acumulado do primeiro semestre de 2025, o tráfego cresceu 26,4% em relação ao mesmo período de 2024. O avanço foi consistente tanto entre os veículos leves (+27,7%) quanto pesados (+22,1%), confirmando a trajetória de recuperação da malha viária e da dinâmica logística no estado. Já na análise dos últimos 12 meses — que abrange desde os efeitos da calamidade até os esforços de reconstrução — o fluxo de veículos nas estradas gaúchas acumulou alta de 16,9%. O crescimento foi equilibrado entre os dois segmentos: +16,8% para veículos leves e +17,3% para pesados, sinalizando um processo de normalização gradual da mobilidade rodoviária no Rio Grande do Sul.
Fonte : Mariana Kovelis | FSB