Início » Operação Contenção nos complexos do Alemão e da Penha no Rio de Janeiro

Operação Contenção nos complexos do Alemão e da Penha no Rio de Janeiro

Operação Contenção da Polícia Civil e Militar - sortimento.com.br Operação Contenção da Polícia Civil e Militar - sortimento.com.br

Operação Contenção nos complexos do Alemão e da Penha no Rio de Janeiro

  • Operação no Rio contra facções criminosas registra 64 mortes
  • Entre os mortos no confronto estão policiais civis e do Bope
  • São 81 criminosos presos e 42 fuzis apreendidos na ação integrada das forças de segurança no Alemão e na Penha.
  • 31 escolas estão sem aulas no Alemão e 17 na Penha
  • De acordo com o governo do estado a ação mobiliza 2,5 mil policiais civis e militares

O município do Rio de Janeiro entrou em estágio 2 de atenção, o que significa risco de ocorrência de alto impacto, por conta da operação das polícias Militar e Civil deflagrada na terça-feira (28/10) na região dos complexos da Penha e do Alemão. De acordo com o governo do estado, a ação mobiliza 2,5 mil policiais civis e militares para prender lideranças criminosas e impedir o fortalecimento do Comando Vermelho.

Segundo o Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura do Rio de Janeiro, vias no entorno dos complexos do Alemão, Penha, Chapadão, São Francisco Xavier, na zona norte; Freguesia, em Jacarepaguá; e Taquara, na zona sudoeste, passam por interdições temporárias em função de ocorrências policiais.

Segundo a Rio Ônibus, mais de 120 linhas tiveram os itinerários alterados. De acordo com a Mobi-Rio, os corredores Transbrasil e Transcarioca do BRT, além dos serviços de conexão do BRT, foram impactados pelas ocorrências.

As recomendações da prefeitura são:

  • Evite circular nas regiões impactadas pelas ocorrências policiais;
  • Permaneça em local seguro;
  • Mantenha-se informado através dos meios de comunicação e canais oficiais do COR;

Se necessário, use os telefones de emergência 190 (Polícia Militar) e 193 (Corpo de Bombeiros).
A operação, que ainda está em curso, deixou pelo menos 60 mortos. De acordo com o governo do estado, até o momento, 81 pessoas foram presas, ​72 fuzis apreendidos e “grande quantidade de drogas ainda em contabilização”.

Aulas suspensas

Por causa dos desdobramentos da megaoperação policial no Complexo do Alemão e no Complexo da Penha contra facção criminosa no Rio de Janeiro, aulas foram interrompidas em diferentes níveis de ensino. A Secretaria Municipal de Educação informa que, na região do Alemão, 31 escolas tiveram aulas suspensas. Na Penha, 17 escolas ficaram sem aulas.

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) avisa que as atividades do período noturno nas unidades acadêmicas e administrativas da região metropolitana do Rio também estão suspensas.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) orienta que alunos, professores e funcionários evitem a Ilha do Fundão, onde funcionam a maior parte dos cursos da instituição. Aqueles que estiverem neste momento no principal campus da universidade devem se manter abrigados nos prédios. As aulas noturnas estão canceladas em todos campi da cidade do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias (Baixada Fluminense).

O município do Rio de Janeiro entrou em estágio 2 de atenção, o que significa risco de ocorrência de alto impacto, por conta da operação das polícias Militar e Civil deflagrada nesta terça-feira (28) na região dos complexos da Penha e do Alemão. De acordo com o governo do estado, a ação mobiliza 2,5 mil policiais civis e militares para prender lideranças criminosas e impedir o fortalecimento do Comando Vermelho.

Segundo o Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura do Rio de Janeiro, vias no entorno dos complexos do Alemão, Penha, Chapadão, São Francisco Xavier, na zona norte; Freguesia, em Jacarepaguá; e Taquara, na zona sudoeste, passam por interdições temporárias em função de ocorrências policiais.

Estado de prontidão

O secretário de Estado de Polícia Militar, Coronel Marcelo de Menezes Nogueira, determinou que todas as unidades operacionais da Corporação permaneçam em estado de prontidão. A orientação é para que os comandantes dessas unidades reforcem a atuação dos policiais militares nas principais vias e locais de grande concentração de pessoas, com o objetivo de garantir o direito de ir e vir do cidadão fluminense. Dessa forma, fica suspenso o expediente administrativo das unidades, e todo o efetivo de policiamento está direcionado às ruas da cidade.

Comissão

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) informou, em nota, que acompanha “com extrema preocupação a escalada de violência provocada pela megaoperação”.

A comissão informou que vai oficiar o Ministério Público e as polícias Civil e Militar cobrando explicações sobre as circunstâncias da ação, “que transformou novamente as favelas do Rio em cenário de guerra e barbárie”.

Para a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, deputada Dani Monteiro (PSOL), “nenhuma política de segurança pode se sustentar sobre esse banho de sangue”.

“O Estado não pode continuar tratando a vida de todas as vítimas como descartável, nem as favelas como território inimigo ou palco de espetáculo. É preciso garantir a proteção de moradores e policiais, priorizando direitos, inteligência e planejamento em vez de violência e terror”, afirmou a deputada.

Fonte : Agência Brasil