Sortimento Notícias – Empresas Gaúchas
Pesquisa do Sebrae RS indica que três em cada quatro empresas esperam aumentar o faturamento nos próximos 6 meses
Em maior patamar desde janeiro de 2021, pequenos negócios gaúchos aumentam faturamento
Tanto no cenário mais recente quanto na perspectiva para o restante de 2022, o comportamento dos pequenos negócios gaúchos dá sinais positivos. Mesmo com importantes desafios ligados à pandemia, à escassez de insumos e à alta geral de preços, dados do Sebrae RS apontam que a porcentagem de negócios que indicaram terem aumentado de 20% para 28% o faturamento entre os meses de maio e junho/22, atingindo o maior patamar desde janeiro de 2021.
De lá pra cá, a porcentagem de empresas que indicam estabilidade nos ganhos permanece na casa dos 30% (em maio foram 38%), ao passo que o índice de empresas que apresentam redução de faturamento vem melhorando de forma expressiva: do pico de 68% de abril de 2021, hoje é menos da metade (33%). Os dados são da 23ª edição Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios do Sebrae RS e considera os empreendedores de Micro e Pequena Empresa (MPE) e Microempreendedores Individuais (MEI).
Na projeção para o segundo semestre de 2022, três em cada quatro empresas (74%) esperam continuar aumentando o faturamento nos próximos 6 meses. Trata-se de um aumento de 5 pontos percentuais, frente aos 69% indicados na última edição da pesquisa. Destes, 70% esperam que o aumento seja de até 30%.
Todos os setores do mercado analisados indicaram aumento no faturamento, sendo o industrial o mais expressivo, com crescimento de 14 pontos percentuais de empresas sinalizando aumento no último mês.
Pequenos decidem de forma mais dinâmica
De forma inédita, a pesquisa do Sebrae RS também deu luz à forma como as MPEs atuam nos processos de tomada de decisão e as ferramentas utilizadas pelos empreendedores gaúchos.
Quando perguntados como é o processo de tomada de decisão, os empreendedores apontaram as práticas de:
- Comunicação direta com os colaboradores (31%)
- Dados internos e do ambiente externo (29%)
- Experiência e intuição (26%)
- Dados disponíveis nos sistemas internos (7%)
- Consultoria (6%)
Questionados sobre quais ferramentas utilizadas, as respostas foram:
- Sistema de acompanhamento das vendas (38%)
- Análise custo-benefício (32%)
- Sistema de gestão (31%)
- Relatórios de redes sociais (13%)
- Análise de mercado (9%)
- Relatório de mídias (8%)
“Nos pequenos negócios a tomada de decisão está muito centrada nas características do gestor e geralmente é pouco formalizada. As pessoas envolvidas com a empresa acabam exercendo múltiplas funções. Além disso, como atuam na sua maioria em mercados locais e nichos específicos, o atendimento tende a ser mais rápido e específico para cada cliente”, destaca o diretor-superintendente do Sebrae RS, André Godoy. Segundo ele, entretanto, acompanhando tendências de grandes empresas e atentos às alterações nas formas de trabalho e às mudanças no comportamento de consumo, as MPEs devem cada vez mais adotar práticas de gestão baseadas em dados. “É uma necessidade em termos de vantagem competitiva e, portanto, para a sua sobrevivência, inserir a análise de dados na tomada de decisão dos pequenos negócios, aumentando a assertividade das decisões. O consumidor está muito atento às opções disponíveis no mercado, e portanto, a sua tolerância ao atendimento de baixa qualidade diminuiu, ou seja, as empresas têm menos espaço para errar”, enfatiza.
Fonte : Assessoria de Imprensa Sebrae-RS | Foto : André Godoy – Diretor-superintendente do Sebrae RS – por Eduardo Rocha