Porto Alegre Notícias : Fraport, novos alagamentos, desmonte do Código Ambiental e preço dos alimentos segue em alta
Em reunião com o governo federal, a Fraport reiterou o interesse de seguir com a concessão do Salgado Filho, mas ainda não informou quando o terminal será reativado. O cronograma de retorno deve ser apresentado pela empresa após quatro semanas de avaliações de danos.
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A newsletter da Matinal também aborda nota técnica, elaborada por pesquisadores da UFRGS, que aponta uma legislação ambiental mais frágil no RS após as mudanças feitas pelo governo Eduardo Leite, o avanço da inflação na capital gaúcha , onde alguns pontos das ilhas voltaram a registrar alagamentos com a subida do Jacuí e do Guaíba.
Fraport diz que pretende manter concessão do Salgado Filho
A Fraport reafirmou ontem a intenção de manter a concessão do aeroporto Salgado Filho. Também informou ao governo federal que precisa de mais quatro semanas para finalizar estudos sobre as condições do solo e asfalto da pista. Somente após essa avaliação, pode estimar o custo de reconstrução e os prazos para reabertura do terminal, que está fechado desde 3 de maio, quando foi inundado.
O encontro de terça, em Brasília, reuniu ministros do governo e a direção global da concessionária, representada pelo CEO da Frankfurt Airport Services Worldwide, Stefan Schulte. Conforme o ministro da Secretaria de Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta, Schulte retornará ao Brasil dentro de um mês para apresentar o resultado das inspeções e o cronograma de retomada.
Pimenta voltou a falar que acredita na possibilidade de uma retomada parcial das operações do Salgado Filho, assim que houver condições de segurança. O modo como o governo pode auxiliar financeiramente a Fraport, entretanto, segue em aberto.
Sortimento Comunicação é contra o repasse de dinheiro público federal para a recuperação total do Aeroporto Salgado Filho. Entendemos, que a Fraport ganhará prêmio de seguro, valor suficiente para pagar parte da reconstrução da operação, que é responsabilidade da empresa alemã.
Também entendemos, que a Prefeitura de Porto Alegre é responsável por prejuízos causados, pois a falta de investimento em diques, casas de bombas e prevenção na enchente, potencializaram os estragos. A gestão Sebastião Melo deve ser solidária por sua incompetência e omissão.
Já a Fraport, pode ser mais empática, menos gananciosa por lucros e solidária com as consequências da catástrofe no Estado do Rio Grande do Sul. Nem tudo é somente lucro!
A Anac homologou a internacionalização do Aeroporto de Caxias do Sul, em uma medida que favorece, por ora, times de futebol. O local receberá investimento de 14 milhões de reais do governo estadual para melhorias na pista e no terminal.
Capital gaúcha registra novos alagamentos em diversos pontos
Desde a madrugada de quarta-feira, foram registrados alagamentos em diversos pontos da zona norte e do Centro, em vias como Farrapos, Sertório e Voluntários da Pátria, e em avenidas da zona sul, como Juca Batista e Guaíba. Ontem, moradores da Ilha das Flores já voltavam a conviver com acúmulo de água em áreas que estavam secas ou com volume reduzido. Equipes do município foram mobilizadas para a retirada de moradores das ilhas nos próximos dias, caso haja necessidade.
O Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS projetou que o nível do Guaíba deve ficar acima da cota de alerta – que é de 3,15m, na região do Gasômetro – entre hoje e sexta-feira. Na medição das 6h15min, já estava em 3,11m. “Devem ocorrer oscilações pelos efeitos dos ventos. É necessário seguir com atenção a chuva observada”, recomendaram os pesquisadores.
Prefeitura de Porto Alegre, gestão Sebastião Melo, é um fracasso continuo. Não investiu na prevenção de enchente, não fez a manutenção necessária nas casas de bombas e rede pluvial, não agilizou a coleta de entulhos, não desentupiu bueiros, não planejou prevenções nem para chuva quanto mais para enchente.
Caos, avalizado por Vereadores aliados ao Paço. O prefeito foca seu trabalho pensando no futuro. Lança Escritório para Reconstrução e programa de captação de receita através do Reconstrução POA. Então, quais são as credenciais para Reconstruir a Capital Gaúcha pois o passado e presente mostram incompetência, omissão e negligencia com o cuidado da cidade. O politico emedebista, cria bolsonarista, sabe muito bem é pensar em dinheiro. Quer dinheiro do Governo Federal a fundo perdido. Sim, perdido, pois qualquer valor repassado ao executivo de Porto Alegre será perdido em mais plano que beneficiará os mesmos de sempre, deixando novamente o cidadão desamparado. Simples, assim!
Sebastião Melo e seus aliados na Câmara não possuem qualificações para a Reconstrução de Porto Alegre. Graças aos projetos aprovados e descartados a cidade chegou onde está : na lama!
Pesquisadores da UFRGS apontam desmonte do Código Ambiental do RS no governo Leite
Dois pesquisadores ligados ao Instituto de Biociências da UFRGS, Gonçalo Ferraz e Fernando Becker, publicaram uma nota técnica em que detalham as modificações promovidas pelo governo Eduardo Leite (PSDB) no Código Estadual do Meio Ambiente (CEMA).
Conforme o Jornal Já, na comparação de cada um dos mais de 200 artigos analisados, os professores concluem que as mudanças feitas no CEMA parecem obedecer a três princípios: eliminar, enfraquecer ou subverter a legislação: “o novo CEMA representa um desmonte da legislação ambiental, cujas implicações para a sociedade em geral são aumento dos problemas socioambientais, a deterioração ambiental e a diminuição de qualidade de vida”.
Em entrevista à Matinal em 2022, Ferraz já havia alertado sobre as alterações no código. “O que não foi eliminado, foi enfraquecido”, afirmou. As mudanças no CEMA vieram à tona novamente após as enchentes que afetaram 478 cidades do RS. Leite seguiu negando que as alterações tenham causado afrouxamento.
Inflação desacelera em Porto Alegre, mas preço dos alimentos segue em alta, segundo FGV
A inflação de 1,09% de Porto Alegre na segunda semana de junho apresenta ligeira queda na comparação com a anterior (1,22%), segundo o IPC-S do FGV Ibre. O índice, contudo, é o maior entre as sete capitais pesquisadas. No detalhamento dos números, também chama atenção o aumento do preço dos alimentos em Porto Alegre, que cresce desde 15 de maio, acima do observado em outras capitais.
Em entrevista a’O Globo, o coordenador dos índices de preços do FGV Ibre, André Braz, destaca uma elevação progressiva – de 1,14% na metade de maio, alcançando 2,66% na semana passada. Braz aponta os problemas logísticos pós-inundações como fator determinante para a inflação dos alimentos, que destoa de outras categorias analisadas.
Giro de Notícias
Subiu para 177 o número de mortes provocadas pelas enchentes. Outras 37 pessoas seguem desaparecidas, segundo a Defesa Civil.
O fechamento do Salgado Filho impacta diretamente 4 mil trabalhadores e afeta negócios no entorno aeroporto.
O Dmae iniciou obra que pretende interligar os sistemas de abastecimento de água tratada Menino Deus e Moinhos de Vento. Com custo de 5,2 milhões de reais, a iniciativa deve ficar pronta em dezembro.
A Trensurb concluiu a drenagem da água acumulada após a inundação na estação Rodoviária, enquanto as estações Mercado e São Pedro seguem em processo de limpeza.
Começaram a ser montadas as “cidades temporárias” em Porto Alegre e Canoas. Na capital, o Centro Humanístico Vida vai acomodar até mil desabrigados. A conclusão das primeiras estruturas deve ocorrer até o final de junho.
E devido ao desastre climático de maio, a arrecadação de impostos em Porto Alegre foi 20% menor que a esperada, com redução de 71 milhões de reais. A Fazenda municipal prevê nova queda em junho.
De homenagem ao surfista Pedro Scooby a pedido de CPI: 80% dos projetos protocolados pela Câmara Municipal em maio têm relação com a enchente, segundo o Correio do Povo.
O então secretário interino de Cultura e Economia Criativa de Porto Alegre, Eduardo Paim, pediu exoneração. Na semana passada, ele foi alvo de buscas em operação da Polícia Federal que investiga o direcionamento na compra de livros em Canoas.
As exportações da indústria de transformação do estado registraram queda de 19,3% em maio, com redução de 282,5 milhões de dólares em relação a maio de 2023.
Federação Varejista do RS – Campanha Reergue RS – Marcas Gaúchas – Sortimento Comunicação
Porto Alegre nunca mais será a mesma depois de 2024, e as pautas relacionadas à enchente devem ser o tema central das próximas eleições municipais. A Matinal lançou uma campanha para ampliar a cobertura e fortalecer o debate público. Não deixe de apoiar! A Matinal precisa aumentar a base de apoiadores para fortalecer o jornalismo. Com a campanha #EleiçõesParaQuemSeImporta, novos apoios recorrentes anuais geram novos produtos durante o período eleitoral. Faça o seu apoio em quero apoiar a Matinal
Eleitor prego – aquele que leva na cabeça
As gestões de Nelson Marchezan Jr (PSDB) e Sebastião Melo (MDB) na Prefeitura Municipal de Porto Alegre em parceria com aliados do Paço na Câmara de Vereadores negligenciaram a preservação e manutenção do DEP, diques e casas bombas. O executivo e maioria do legislativo municipal, negacionistas, atuaram e continuando atuando contra o meio ambiente. O prejuízo causado ao comércio varejistas, empresas e população é no mínimo 20 vezes o valor não investido em prevenção.
Não foi somente uma catástrofe climática, também é uma tragédia política que adota modelo de gestão que contempla os desejos, necessidades e interesses de alguns mesmo que isso represente perdas e prejuízos para a grande parte da população e empresários.
Será que os políticos e partidos que estão no Paço e suas bases no legislativo vão continuar ganhando do empresariado e do eleitor o apoio nas próximas edições ? Financiar, manter apoio e reeleger e eleger políticos dos partidos envolvidos na tragédia é ser assumir a desqualificação de ‘eleitor prego’ – aquele que leva na cabeça.