Hospitais divulgam nota alertando governador Eduardo Leite para “situação de alto risco” e defendendo restrições mais rígidas

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Sortimentos.com Rio Grande do Sul Notícias : Hospitais divulgam nota alertando governador Eduardo Leite para “situação de alto risco” e defendendo restrições mais rígidas

Os hospitais de Porto Alegre divulgaram nota no domingo (22.02), em apoio à medidas restritivas e alertando para o “alto risco” de uma crise de saúde no Rio Grande do Sul.

“Defendemos a efetiva suspensão das atividades noturnas como forma de eliminar as aglomerações que vêm ocorrendo de forma irresponsável. Estamos diante de uma situação de alto risco a toda a coletividade”, enfatizou nota assinada por sete instituições e o Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa).

Documento alerta sobre lotação e as condições críticas dos doentes em todas as idades

“A situação atual de lotação nos hospitais é a pior desde o início da pandemia. Os doentes, de todas as idades, chegam em condições cada vez mais críticas, inclusive aqueles que internam em enfermarias. Muitos destes têm necessitado de equipamentos de ventilação mecânica — itens não disponíveis em quantidade necessária”.

A nota destaca que os reflexos das férias de verão e Carnaval ainda não impactaram o sistema de saúde, devido o período de encubação.

“As aglomerações registradas no feriado de Carnaval deverão repercutir no aumento de casos de Covid-19 nas próximas semanas. Se isso ocorrer em grandes proporções e com os hospitais mantendo o cenário de superlotação – e nada indica uma mudança em curto prazo –, o resultado será grave”

Exmo. Sr. Governador,

Nós, dirigentes de hospitais e clínicas de Porto Alegre, manifestamos apoio às medidas apresentadas na última sexta-feira (19).

Da mesma forma, defendemos a efetiva suspensão das atividades noturnas como forma de eliminar as aglomerações que vêm ocorrendo de forma irresponsável.

Estamos diante de uma situação de alto risco a toda a coletividade. Um cenário que exige, para os próximos dias, decisões duras mas necessárias, a fim preservar o bem maior: a vida.

A situação atual de lotação nos hospitais é a pior desde o início da pandemia. Os doentes, de todas as idades, chegam em condições cada vez mais críticas, inclusive aqueles que internam em enfermarias. Muitos destes têm necessitado de equipamentos de ventilação mecânica — itens não disponíveis em quantidade necessária.

As aglomerações registradas no feriado de Carnaval deverão repercutir no aumento de casos de covid-19 nas próximas semanas. Se isso ocorrer em grandes proporções e com os hospitais mantendo o cenário de superlotação – e nada indica uma mudança em curto prazo –, o resultado será grave. Se medidas rígidas de distanciamento social não forem tomadas, as consequências serão ainda mais complicadas.

Solicitamos, ainda, o empenho do Governo do Estado em encontrar alternativas urgentes para a aquisição de vacinas que deem conta da imunização massiva e em alta velocidade da população, com o objetivo de aumentar os níveis de proteção e reduzir o número de novos casos da doença.

Esse conjunto de medidas, buscando controlar a questão sanitária e reequilibrar o sistema de saúde, é indispensável. Apenas assim a sociedade terá condições de se dedicar, de forma estável e continuada, à retomada da economia e da normalidade.

Contamos com sua sensibilidade, visão agregadora e capacidade de articulação junto às entidades representativas e a toda a sociedade.


Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa)
Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Grupo Hospitalar Conceição
Hospital Moinhos de Vento
Hospital São Lucas da PUCRS
Instituto de Cardiologia/Fundação Universitária de Cardiologia
Hospital Ernesto Dornelles
Rede de Saúde Divina Providência

Nota da redação

Fracasso das esfarrapadas bandeiras do Distanciamento ‘Des’Controlado de Eduardo Leite. Se o Distanciamento era Controlado como chegamos nesta situação ?

Governantes e parte da população deram licença para Covid-19 matar. Liberação das atividades, aglomeração e descrédito nos protocolos. Não foi por falta de informação. Foi descuido, irresponsabilidade, negação, desprezo com a vida do outro, egoísmo e empatia. Assassinato!

O SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITOS precisa encontrar meio para responsabilizar e punir gestores públicos, secretários e todos aqueles que promoveram e promovem aglomerações e quebra de protocolos. Omissão é respaldar mortes, irregularidades e irresponsabilidade. Não é justo.