Rio Grande do Sul Notícias : água subterrânea liberada para agronegócio, inundação do Guaíba, ocupação Sarah Domingues e más condições de abrigos para animais

Rio Grande do Sul Notícias : água subterrânea liberada para agronegócio, inundação do Guaíba, ocupação Sarah Domingues e más condições de abrigos para animais

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Menos de dez dias após o despejo da ocupação Sarah Domingues, integrantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) foram ao Palácio Piratini, onde um ato por moradia acabou em tumulto e divergência de versões sobre agressões. Uma solução habitacional para as famílias afetadas pela enchente tende a avançar apenas na semana que vem.

A newsletter da Matinal de terça-feira (25/06) traz uma veterinária que denuncia más condições para animais em abrigos da prefeitura, os alertas de alagamentos em Porto Alegre e CCJ da Assembleia debate mais um projeto criticado por ambientalistas.

Protesto por moradia termina em tumulto no Palácio Piratini

Uma manifestação de integrantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) no Palácio Piratini acabou em tumulto, no início da noite de segunda-feira (24/06). Um dos integrantes do movimento foi conduzido ao Palácio da Polícia, suspeito de ter dado um soco em um oficial da Brigada Militar na sede do governo – o MLB nega a agressão e afirma que um dos seus integrantes foi agredido.

A situação gerou um impasse e os manifestantes foram impedidos de deixar a Praça da Matriz, apesar de alegarem ter recebido garantia do governador Eduardo Leite (PSDB) quanto à saída sem intercorrência, pois a Brigada buscava o suspeito. Após momentos de tensão por conta da divergência, os deputados Miguel Rossetto (PT) e Matheus Gomes (PSOL) mediaram da situação e acompanharam o suposto agressor ao Palácio da Polícia, onde ele prestou depoimento.

Nas redes sociais, Rossetto criticou a escalada de tensão e cobrou a liberação de recursos do Fundo de Reconstrução para moradias nas cidades. Já Gomes criticou a Brigada, a quem acusou de tentar criminalizar o MLB. Mais tarde, o Piratini, por meio de nota, lamentou “a atitude violenta do grupo”, informando que o oficial da BM que teria sido agredido perdeu um dente. Lembrou, também, que o MLB havia sido recebido pela Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária.

Ocupação do MLB foi despejada sob chuva – Há dez dias, o MLB havia organizado a ocupação Sarah Domingues no antigo prédio da Fepam, no Centro de Porto Alegre. Moradores, em sua maioria famílias desabrigadas da região do Humaitá e do Sarandi, foram despejados horas depois, em um domingo chuvoso e sob alerta meteorológico. No encontro desta segunda, ficou acertado uma nova reunião entre as partes, na semana que vem.


Porto Alegre tem novos alertas de risco de inundação do Guaíba

A Defesa Civil Municipal publicou alerta preventivo para as regiões das ilhas, sul e extremo sul da capital Gaúcha, em razão do risco de inundação do Guaíba. A orientação é para que moradores dessa região abriguem-se em locais seguros, não transitem em áreas sujeitas a alagamentos ou deslizamentos e, em caso de necessidade, busquem abrigo temporário. O alerta é válido até o meio-dia de quarta-feira e é baseado em estimativas do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS (IPH).

Conforme os pesquisadores, o Guaíba tende a se manter acima da cota de alerta (3,15m) ao longo desta semana – ontem o nível chegou a 3,41m, 19 centímetros abaixo da cota de inundação. Na projeção de ontem feita pelo IPH, o risco de transbordamento estava afastado. Ainda assim, diante do cenário, o Dmae fechou três comportas do sistema de proteção, duas no Centro e uma no 4º Distrito.


Voluntários denunciam más condições de abrigos da prefeitura para animais

Um local “improvisado”, com animais “basicamente abandonados” – esse é o cenário que a veterinária Mariana Teixeira descreve sobre um alojamento para animais resgatados montado pela prefeitura. Ela, com outros voluntários, havia organizado um abrigo temporário em um prédio da Brigada Militar, ainda no começo de maio.

No dia 11 de junho, porém, receberam a notícia do encerramento do espaço, visto até então como uma referência para a comunidade de ativistas da causa animal.

Voluntários e tutores souberam que precisariam partir às pressas para outros locais, que, segundo denunciou a veterinária, eram precários e inadequados para os animais. Foi somente depois de protestos em redes sociais que a prefeitura ofereceu espaços com melhores condições e atendimento profissional.


Sob protesto de ambientalistas, CCJ da Assembleia deve votar projeto que flexibiliza uso da água em propriedades rurais

A Comissão de Constituição e Justiça deve votar hoje o projeto de lei 97/2018, do deputado Elton Weber (PSB), que acaba com a exigência de outorga para a utilização de água subterrânea usada em atividades agrícolas, silvícolas e pecuárias e para poços comunitários. O texto já recebeu parecer favorável do relator, mas sua análise aguarda retorno do pedido de vista da deputada Luciana Genro (PSOL). Conforme o autor, a medida desburocratiza o processo e desonera o agricultor, que precisa arcar até 18 mil reais pela outorga, a depender da região.

A matéria, porém, não é bem-vista por ambientalistas, como a Agapan, que chega a classificar o projeto como um “PL anti-ambiental”, e o Comitê de Bacias Hidrográficas, que aponta que a proposta pode causar um descontrole no acesso às águas subterrâneas, colocando em risco o abastecimento em algumas regiões.


Pimenta promete “soluções encaminhadas em 90 dias”

Ministro extraordinário de Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta (PT) estimou um prazo de 90 dias para que soluções para diferentes áreas do estado estejam encaminhadas. “Não significa que todas as casas vão estar prontas”, ponderou ele, que respondeu a críticas de prefeitos sobre uma possível morosidade na liberação de recursos, ressaltando que há necessidade de cumprir etapas antes da liberação de recursos públicos.

Pimenta afirmou que o governo federal já destinou 91 bilhões de reais em apoio ao RS – 73,4 bilhões provenientes de novos investimentos e 17,6 bilhões por meio de antecipações de benefícios e prorrogações de tributos. As informações constam em um site, lançado ontem pela União. Hoje termina o prazo para que prefeituras cadastrem famílias afetadas pelas chuvas no Auxílio Reconstrução.

Anunciado em maio, o benefício tem demorado a chegar no interior do RS. Porém, como 161 municípios ainda não encaminharam os dados, o governo federal considera prorrogar o cadastramento. Em participação em debate promovido por GZH com o secretário de Reconstrução do RS, Pedro Capeluppi, Pimenta rechaçou desentendimento entre Planalto e Piratini.


Giro de Notícias

O número de mortos por conta das enchentes no RS subiu para 178 ontem. Cinco eram residentes de Porto Alegre. Depois de mais de 50 dias desde o início das cheias, ainda há 34 desaparecidos.

A emergência do Hospital Mãe de Deus voltou a realizar atendimentos. Também houve a retomada do bloco cirúrgico da instituição, junto com partes dos leitos do Centro de Terapia Intensivo.

Na Vila Farrapos, moradores têm dificuldades em voltar para casa devido ao acúmulo de lixo, mostra reportagem do Correio do Povo.

A Anac reconheceu o motivo de “força maior”, condicionante citada pela Fraport como fator para ressarcimento de recursos junto ao governo federal por conta da paralisação do Salgado Filho. Processo segue tramitando na agência.

Carros afetados pelas inundações no RS estão sendo vendidos por até 60% do valor de mercado. Os veículos teriam sido destinados a leilões por seguradoras, depois de indenizar clientes.

O atacarejo Cestto, do Grupo Zaffari, deve começar a funcionar na capital a partir desta quinta-feira. A estrutura, na Wenceslau Escobar, será a segunda construída no Rio Grande do Sul.

Pesquisa da Abrasel indicou que 39% dos bares e restaurantes no RS terão que demitir funcionários para lidar com impactos sofridos durante a crise climática. De acordo com o levantamento, 46% podem demitir entre três e cinco funcionários.


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Prefeitura de Porto Alegre, gestão Sebastião Melo, é um fracasso continuo

Não investiu na prevenção de enchente, não fez a manutenção necessária nas casas de bombas e rede pluvial, não agilizou a coleta de entulhos, não desentupiu bueiros, não planejou prevenções nem para chuva quanto mais para enchente.

Caos, avalizado por Vereadores aliados ao Paço. O prefeito foca seu trabalho pensando no futuro. Lança Escritório para Reconstrução e programa de captação de receita através do Reconstrução POA. Então, quais são as credenciais para Reconstruir a Capital Gaúcha pois o passado e presente mostram incompetência, omissão e negligencia com o cuidado da cidade. O politico emedebista, cria bolsonarista, sabe muito bem é pensar em dinheiro. Quer dinheiro do Governo Federal a fundo perdido. Sim, perdido, pois qualquer valor repassado ao executivo de Porto Alegre será perdido em mais plano que beneficiará os mesmos de sempre, deixando novamente o cidadão desamparado. Simples, assim!

Sebastião Melo e seus aliados na Câmara não possuem qualificações para a Reconstrução de Porto Alegre. Graças aos projetos aprovados e descartados a cidade chegou onde está : na lama!

Eleitor prego – aquele que leva na cabeça

As gestões de Nelson Marchezan Jr (PSDB) e Sebastião Melo (MDB) na Prefeitura Municipal de Porto Alegre em parceria com aliados do Paço na Câmara de Vereadores negligenciaram a preservação e manutenção do DEP, diques e casas bombas. O executivo e maioria do legislativo municipal, negacionistas, atuaram e continuando atuando contra o meio ambiente. O prejuízo causado ao comércio varejistas, empresas e população é no mínimo 20 vezes o valor não investido em prevenção.

Não foi somente uma catástrofe climática, também é uma tragédia política que adota modelo de gestão que contempla os desejos, necessidades e interesses de alguns mesmo que isso represente perdas e prejuízos para a grande parte da população e empresários.

Será que os políticos e partidos que estão no Paço e suas bases no legislativo vão continuar ganhando do empresariado e do eleitor o apoio nas próximas edições ? Financiar, manter apoio e reeleger e eleger políticos dos partidos envolvidos na tragédia é ser assumir a desqualificação de ‘eleitor prego’ – aquele que leva na cabeça.


Federação Varejista do RS - Campanha Reergue RS - Marcas Gaúchas Sortimento Comunicação