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Vendas de Natal movimentam o varejo de moda, diz ABVTEX
As compras de fim de ano movimentam o setor que espera um fluxo do consumo maior nas próximas semanas. E-commerce tem o melhor desempenho.
O final do ano é a época mais aguardada pelo varejo de moda, pois traz consigo a perspectiva de um aumento nas vendas de itens de moda. “As roupas, calçados e acessórios estão no topo dos itens mais procurados pelos consumidores no Natal”, afirma Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil), entidade que representa cerca de 100 grandes marcas do varejo de moda brasileiro.
Em enquete realizada mensalmente pela ABVTEX com seus associados, 67% das associadas reportaram que o desempenho em novembro foi melhor nas lojas físicas em relação a outubro deste ano. “O que confirma a expectativa da retomada do consumo nas lojas físicas, pois sabemos que as pessoas valorizam muito a experiência de compras que as lojas possibilitam com variedade de produtos, tocar as peças e provar”, exemplifica Lima. Do total de associados, 25% consideraram o resultado igual e 8% registram piora no comparativo.
O resultado da Black Friday foi positivo e deve se manter semelhante para o Natal. “Cerca de 100% das redes varejistas associadas à ABVTEX reportaram vendas maiores no e-commerce em novembro deste ano, tanto na comparação ao mês anterior, quanto ao mesmo período de 2019. Além da demanda represada, este resultado reflete o ânimo do consumidor em retomar as compras nesta época, que coincide com o pagamento do 13º salário”, aponta Lima.
Segundo a ABVTEX, para os próximos meses ainda há o ponto de atenção em toda a regularização da cadeia produtiva. “Por conta da pandemia, nos primeiros meses, as empresas fornecedoras estiveram paralisadas, o que ocasionou um descompasso entre os elos desta longa e complexa cadeia nacional”, explica ele.
Com a retomada das atividades econômicas, que coincidiu com a virada de coleção para uma nova estação, todo o varejo precisou recompor estoques. “Neste momento, notamos que a indústria têxtil e de confecção não estava preparada para atender a demanda. Daí a falta de insumos que temos sentido, como tecidos, aviamentos, plásticos e cartonagens para as embalagens”.
Ao longo dos últimos meses o setor vem se organizando e recebendo os insumos. “Não acreditamos que haverá falta de produtos, pode ser que um ou outro item seja difícil de encontrar. Mas a expectativa é de que a regularização se dê no primeiro semestre de 2021. A depender do volume de vendas de fim de ano e da necessidade de recompor os estoques no início do ano”, conclui.
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Pela primeira vez, compras de Natal pela internet vão superar vendas nas lojas físicas no País
Pela primeira vez no País, o Natal deste ano terá mais compras pela internet do que no varejo físico. Segundo pesquisa inédita de agência especializada em SEO e e-commerce, as lojas virtuais somam 31,94% das intenções de compra dos brasileiros para a data, seguidas pelos aplicativos de lojas e marcas, com 22,53%. Os estabelecimentos em shopping centers e comércio de rua aparecem em seguida com, respectivamente, 19,25% e 18,77% das preferências.
De acordo com a pesquisa, realizada no dia 12 de dezembro com 1.068 brasileiros acima de 16 anos, por meio de um questionário estruturado com perguntas fechadas via internet, 83% dos entrevistados afirmaram que vão presentear alguém no Natal, mas 17% dos consumidores não irão fazer nenhuma compra para a data comemorativa.
A pesquisa mostra que será, de fato, um Natal muito mais econômico: 41,3% pretendem gastar menos este ano em comparação com o evento de 2019. “Por outro lado, o estudo mostra que 23,6% pretendem gastar mais com presentes neste Natal em 2020, que, por si, já é bastante surpreendente diante do atual cenário de desemprego e de queda da atividade econômica no País”, comenta Diego Ivo, CEO da Agencia.
O estudo mostra ainda que 48,3% dos brasileiros pretendem gastar menos de R$ 300 em todos os presentes de Natal deste ano. “Este número é diametralmente oposto ao de nossa pesquisa sobre a Black Friday, quando 32,2% afirmaram que pretendiam gastar acima de R$ 1 mil. Para o Natal, apenas 12% pretendem presentar acima de mil reais”, explica.
Para Ivo, o chamado “novo normal”, que começou em março e se estendeu durante todo o ano, está levando o consumidor brasileiro a mudar profundamente os seus hábitos. “por esta razão, teremos um Natal com mais compras por e-commerce do que por lojas físicas”, ressalta.
O prazo de entrega é, segundo a pesquisa, o fator mais preponderante para a decisão de compra dos brasileiros, seguido do custo do frete, que também será muito levado em conta, reforçando a ideia de um Natal espartano.