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Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registra queda de 11,1% da movimentação no comércio em janeiro/21 em relação a janeiro/20
O comércio da Capital paulista não abriu as portas nos feriados e fins de semana e funcionou em horários restritos nos dias úteis no mês de janeiro/21 para cumprir a determinação do Governo Estadual que colocou várias cidades paulistas, incluindo a capital, na fase vermelha do Plano São Paulo de flexibilização econômica da pandemia. As medidas impactaram negativamente no bolso dos comerciantes segundo apontou o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo.
Motivos da queda : lojas fechadas, inflação, aumento dos impostos, fim do Auxílio Emergencial, informalidade e perda de poder de compra
A queda média registrada na movimentação do varejo foi de 11,1% comparada ao primeiro mês de 2020. Em relação a dezembro, as vendas caíram 38,7%. Além do fechamento das portas, outros fatores contribuíram para os números baixos registrados. Alta da inflação de produtos de primeira necessidade, fim do Auxílio Emergencial, reajustes nos impostos e perda no poder de compra por salários desvalorizados / achatados e por crescente informalidade, deixaram a população com menor poder de consumo no varejo.
Flexibilização X Covid-19
O Balanço de Vendas de janeiro representa um baque econômico para o varejo porque havia a sinalização de que a economia do setor estivesse se recuperando desde o fim do primeiro ápice da desaceleração na movimentação do comércio, ocorrido em junho/20.
Mas a flexibilização do comércio que diluiu as quedas nas vendas no último semestre de 2020 entre julho e novembro ( 47,7%, 33,6%, 14,6%, 9,2% e 5%) foi na contramão no número de casos de mortes e contágio por Covid-19, que voltaram a crescer no mesmo período, chegando a novo pico em janeiro/21.
Suspensão das restrições
Na quarta-feira (03.02), o Governo de São Paulo suspendeu as restrições de fase vermelha para todo o estado aos fins de semana, o que impedia a abertura das lojas. O Estado anunciou também a criação de um pacote de apoio ao comércio, bares e restaurantes com facilitação de acesso a crédito, parcelamento de débitos e proibição do corte de água e gás. “Essas medidas vão ajudar bastante, mas o que mais contribui é quando há a permissão para que o comerciante possa trabalhar, empregar as pessoas e ajudar a impulsionar a economia”, afirmou disse Marcel Solimeo, economista da ACSP.