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Isolamento social no Rio Grande do Sul, municípios turísticos de São Paulo vão receber recursos e Bahia perde 1,5 bilhão
Isolamento Social
O estado gaúcho alcançou o topo no ranking nacional em isolamento social entre 5 e 11 de julho, 44,5% da população do Rio Grande do Sul evitou aglomerações. O resultado representa 1,5 ponto percentual acima do verificado na semana anterior e chegou mais perto do comportamento adotado no início da pandemia, quando foram adotadas medidas mais restritivas.
O resultado positivo pode estar no modelo do Distanciamento Controlado, o que aumentou o número de regiões em bandeira vermelha, ou seja, com risco alto de contágio. O Rio Grande do Sul ficou acima da média nacional no modelo de distanciamento, que foi de 40,9% no período analisado.
As informações foram colhidas e analisadas pelo Comitê de Dados para o enfrentamento à covid-19, que mostrou também as consequências no número de contágio pelo vírus sempre que o índice de isolamento registra queda. Nos períodos em que o nível ficou acima de 50%, houve estabilidade de casos novos da doença. Em junho, quando a realidade se inverteu, o número de registros da doença subiu rapidamente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda isolamento mínimo de 50%.
As áreas monitoradas com as melhores médias são Pelotas (46,7%), Capão da Canoa (45,8%) e Porto Alegre (45,7%), que estão sob bandeira vermelha.
Turismo
No estado de São Paulo, trinta e cinco municípios turísticos vão receber R$ 12 milhões para obras de melhorias, como implantação de parques, iluminação, centros de informação e de artesanato, praças e revitalização urbana. De acordo com o governo do estado, os recursos serão disponibilizados ainda nesta semana e partem do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos (Dadetur), da Secretaria de Turismo do Estado.
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Os valores são referentes à primeira liberação do segundo semestre. Nos seis primeiros meses de 2020, os entes já tinham recebido R$ 79,6 milhões. O secretário de Turismo do Estado afirma que os recursos são importantes, já que “mantém as obras em andamento, gerando empregos de forma distribuída por todo o estado.”
Nesta semana, os valores serão enviados, primeiramente, para municípios localizados nos extremos do estado. No Noroeste, receberão o benefício Cardoso, na divisa com Minas Gerais, e Ilha Solteira, na divisa com Mato Grosso do Sul. Já no Norte e no Leste, também próximas à divisa mineira, serão atendidos Ituverava e Caconde.
No Sul e no Sudoeste do estado, Eldorado e Timburi, próximas ao Paraná, também vão perceber os valores. No Sudeste, Queluz, no entroncamento com Minas e o Rio de Janeiro, também será beneficiado.
Perda de receita bruta
Por conta da pandemia, a Bahia já perdeu R$ 1,5 bilhão em receitas brutas, de abril a junho, se comparado ao mesmo período do ano passado. O cálculo foi feito pela Secretaria de Fazenda do Estado, que considerou o total arrecadado com impostos e taxas estaduais e as transferências obrigatórias do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
O secretário de Fazenda baiano, Manoel Vitório, reiterou que as perdas tomam por base números de 2019 e que não refletem, necessariamente, a realidade financeira deste ano. Segundo ele, pressionada pela expansão nos gastos necessários ao enfrentamento da pandemia, o impacto nas contas públicas tende a se amplificar.
A principal perda foi com o ICMS, considerado o principal tributo na Bahia. A queda foi superior a R$ 1 bilhão na arrecadação, em comparação a 2019. No pacote, estão também o FPE, IPVA, ITD e taxas.
Em relação à pandemia, a Bahia já contabiliza um gasto de mais de R$ 812 milhões, com projeção de mais despesas para as próximas semanas, que podem alcançar R$ 877 milhões. Segundo o governo, os gastos ocorrem não apenas na área de saúde, mas também em educação, justiça e direitos humanos, administração penitenciária, administração e segurança pública, incluindo as polícias Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros.