Jair Bolsonaro : um presidente em conflito. Demissão de Nelson Teich

Jair Bolsonaro : um presidente em conflito. Demissão de Nelson Teich

Os confrontos diários, falas e posições polêmicas e uma família com muitas histórias são inspiração para filme, seriado ou novela. Pensando nisso, Gebbeg News, publica diariamente página exclusiva com o dia do presidente. As postagens intituladas de ‘Jair Bolsonaro : um presidente em conflito’ traz o tumultuado dia a dia do líder máximo da nação.

Bolsonaro tem crise de abstinência quando não persegue alguém. Vítima da manha de sexta-feira (15.04.20) é Nelson Teich que diz : “Está difícil conciliar os desejos de Bolsonaro com a realidade”. No final da manhã pediu exoneração do cargo. Ex-ministro teria reclamado sobre a insistência do presidente com relação à flexibilização do isolamento social e ao uso de cloroquina. Em 30 dias o Brasil teve dois Ministros da Saúde.

Antes de pedir demissão, Teich procurou hospitais para pegar atualizações dos estudos com a cloroquina. Ouviu que não é recomendável o uso do medicamento na fase inicial da covid-19, como insiste Bolsonaro. Preferiu ficar com a ciência do que com o governo.

Opiniões sobre saída de Teich

Jose Serra : “Bolsonaro nega a ciência, ignora todas as recomendações da academia e a experiência mundial, colocando em risco a vida de milhões de brasileiros. De fato, o presidente é hoje a maior ameaça à saúde pública do Brasil”.

João Doria : Mais um ministro da Saúde, que acredita na ciência, deixa o governo Bolsonaro. No momento em que a curva de mortes pelo coronavírus acelera, o Brasil perde com a saída de Nelson Teich. O barco está à deriva. Que Deus proteja o Brasil e os brasileiros”.

Flávio Dino : “A confusão que Bolsonaro cria é única no planeta. Espero que as instituições julguem o quanto antes a produção de tantos desastres, entre os quais a demissão de DOIS ministros da Saúde em meio a uma gigantesca crise sanitária. O Brasil merece uma gestão séria e competente”.

Advogado criminalista Augusto de Arruda Botelho :”Eu poderia falar que o Teich nunca poderia ter aceitado o cargo. Eu poderia citar falas dele que eu não concordei. Mas nesse momento só quero fazer uma coisa: aplaudir a postura de não se curvar ao negacionismo, não se curvar à irresponsabilidade e fazer valer a ciência”

Líder do PSL no Senado, Major Olimpio: “O dia que Teich aceitou ser ministro, fiz uma fala que muitos criticaram: ele ñ fica + de 30 dias ou vai ter de rasgar seu diploma de médico e sua biografia. Ele ñ quis rasgar nem jogar fora sua história. Ficou do lado da ciência e medicina”.

Líder do PSOL na Câmara, Fernanda Melchionna: “Pedido de exoneração de Teich menos de 1 mês após Mandetta na escalada da pandemia é mto grave. Bolsonaro tenta impor visão autoritária contra ciência. Irresponsabilidade custa vidas. É preciso que Maia aceite pedido de impeachment já”.

Líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio: “Lamentável 2ª troca neste momento. Que próximo ministro assuma com espírito de união, que começou a ser desenhado ontem, e faça parte da construção de grande entendimento, essencial p/ fortalecimento do Brasil nesse momento de grave crise”.

Gleisi Hoffmann, deputada federal (PT) : “Não adianta trocar de ministro se não trocar de presidente. Bolsonaro é o maior responsável pela crise e está se lixando para a saúde do povo. Fora!”

Estressado

Bolsonaro se irrita com perguntas e diz que falou “PF”, não Polícia Federal. Bolsonaro admitiu que falou ‘PF’ em reunião ministerial e que ‘interferência’ visou a segurança familiar. Há uma semana, presidente disse que não havia mencionado as palavras ‘Polícia Federal’

Presidente voltou a pedir que o vídeo da reunião ministerial seja divulgado na íntegra “para que a análise correta venha a ser feita”

Sem auxilio

Bolsonaro veta ampliação de auxílio emergencial a categorias como motoristas de aplicativos e ambulantes de praia. O objetivo do presidente é claro. Quando mais as pessoas precisarem de dinheiro mais irão furar o isolamento social. Para forçar a abertura de todas as atividades econômicas vale tudo. “É uma guerra”, conforme afirmou em vídeo conferência na manhã de quinta-feira com empresários de São Paulo.


Recados


Doria para Bolsonaro após criticas: ”Comece a ser um líder, se for capaz”

O Brasil se torna um vetor mundial de expansão da pandemia, e o principal responsável é o presidente Jair Bolsonaro. A curva de crescimento dos infectados projeta uma das situações mais graves do mundo, mas o presidente debocha da crise