Giro de Notícias do Brasil : 28 de setembro de 2021, terça-feira

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Sortimentos.com Giro de Notícias do Brasil : 28 de setembro de 2021, terça-feira

Aumento da inflação traz impacto e pesa na conta de energia

Os gastos com a energia elétrica têm pesado no bolso do brasileiro. Em setembro, a conta de luz foi o item com maior impacto no setor habitacional, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na sexta-feira (24.09.21). Desde 1º de setembro, está em vigor a bandeira tarifária de Escassez Hídrica, que acrescenta R$14,20 para os mesmos 100 kilowatt-hora (KWh) e isso representou uma alta de 3,61% nas contas.

“O sistema de bandeira tarifária é usado quando é necessário acionar fontes alternativas de energia e a diferença de preço é financiada pela bandeira tarifária. Os aumentos na conta de luz não chegam a ser permanentes   e, sim, um aumento transitório enquanto for necessário gerar energia por fontes mais caras. A bandeira de escassez eleva ainda mais a tarifa na taxa de consumo em comparação às bandeiras verde, amarela e vermelha”, aponta coordenador de Índice de Preços ao Consumidor da FGV-Ibre, André Braz.

Ainda segundo o economista, a conta de energia compromete cerca de 4% do orçamento dos brasileiros. “A energia chega a comprometer até 4,5% do orçamento familiar. Isso quer dizer que para cada 1% de aumento de energia, a gente tem um impacto na inflação de 00,5 p.p [ponto percentual]. Isso mostra o quanto a energia pesa no orçamento das famílias e seus aumentos acabam diminuindo o poder aquisitivo principalmente das de baixa renda”, diz.

“Aproveitar a luz do sol durante o dia e manter as lâmpadas desligadas, manter os aparelhos eletrônicos desligados quando não estiverem sendo utilizados, ajustar o chuveiro para a posição verão em dias mais quentes, evitar banhos longos, não secar as roupas atrás da geladeira, abrir a geladeira quando necessário e pensar no que for comer antes de abri-la. Além disso, manter portas e janelas fechadas quando o ar-condicionado estiver ligado e desligá-lo sempre que for se ausentar do ambiente por mais tempo.  Instalar e utilizar os equipamentos elétricos conforme recomendações dos manuais, usar o ferro e a máquina de lavar com menos frequência. Recomendo acumular roupas sempre que possível”, aconselha.

Caixa oferece empréstimos pelo celular

O programa Crédito Caixa Tem foi lançado na segunda-feira (27.09.21) pela Caixa Econômica Federal e vai oferecer crédito de R$300 a R$ 1 mil reais que poderão ser contratados diretamente pelo aplicativo. Os nascidos em janeiro e fevereiro que possuem conta Poupança Social Digital, no aplicativo do Caixa Tem, já podem fazer o cadastro na nova modalidade e solicitar o crédito. A análise é feita em até dez dias. A solicitação estará disponível de forma gradual para os demais meses, seguindo até 27 de dezembro, com os nascidos em novembro e dezembro. Para novos clientes, a solicitação de crédito poderá ser feita a partir de 8 de novembro. Basta baixar o aplicativo gratuitamente na Google Play ou Apple Store e em seguida realizar o cadastro.

A Caixa disponibilizará duas linhas de créditos distintas: uma delas é o Caixa Tem Pessoal, que é o empréstimo com destinação livre para o que o cliente necessitar, inclusive para utilizar em despesas pessoais, como pagamento de dívidas. A outra é o Caixa Tem para o Seu Negócio, que é o empréstimo para investimento produtivo para despesas em negócios, como obter recurso para pagamento aos fornecedores, as contas de água, de luz, de internet, o aluguel, a compra de matérias-primas e/ou mercadorias para revenda, entre outras. Para ambas as linhas, a taxa de juros é de 3,99% ao mês, com pagamento em até 24 vezes.

Segundo o economista Roberto Piscitelli, essa modalidade, destinada a pessoas de pequeno patrimônio e microempresas, vai funcionar como uma válvula de escape para atender urgências: “Essa nova linha de microcrédito lançada pela Caixa, através do aplicativo Caixa Tem, é uma modalidade bastante democrática de crédito, a medida em que ela se destina a um número muito grande de pessoas.”

Confiança da Indústria registra segunda queda consecutiva após quatro meses de alta

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE caiu 0,6 ponto em setembro, para 106,4 pontos, segundo mês consecutivo de queda após quatro meses de altas. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,4 ponto.

“Embora a indústria tenha apresentado boa recuperação no segundo semestre de 2020, vem encontrando dificuldades para manter o ritmo da retomada ao longo de 2021. As percepções quanto à situação presente e futura vêm oscilando em decorrência de pressões de custo, alto desemprego, instabilidades econômicas e institucionais. Nesse contexto, soma-se ainda a crise hídrica que contribui para elevar a pressão inflacionária e as incertezas quanto à possibilidade de expansão da produção nos próximos meses, tornando mais pessimistas as expectativas para o final do ano principalmente entre os segmentos intensivos no uso de energia elétrica”, comenta Claudia Perdigão, economista do FGV IBRE.

O resultado do mês é influenciado por uma redução do otimismo considerando as perspectivas para os próximos meses e uma acomodação da satisfação em relação a situação atual. O Índice Situação Atual (ISA) cedeu 0,2 ponto, para 109,2 pontos, menor valor desde agosto de 2020 (98,7 pontos). O Índice de Expectativas (IE) caiu 1,0 ponto para 103,6 pontos, menor patamar desde maio desse ano (99 pontos).

Entre os quesitos que compõem o ISA, houve piora da situação atual dos negócios cujo indicador caiu 2,7 pontos, para 103,1 pontos, menor desde agosto de 2020 (99,1). O indicador que mede a demanda total também diminuiu 2,1 pontos para 107,6 pontos, enquanto o nível de estoques subiu 4,1 pontos, para 116,0 pontos, melhor resultado desde março de 2021 (118,2).

Dos indicadores que integram o IE, a produção prevista para os próximos três meses foi o que mais influenciou na queda do ICI no mês de setembro, ao cair 1,5 ponto para 99,7 pontos, menor nível desde maio (93,1 pontos). A perspectiva para os próximos seis meses também ficou menos otimista, o indicador que mede a tendência dos negócios reduziu 1,2 ponto, para 102,7 pontos. A perspectiva menos otimista para a produção e tendência dos negócios geram ligeira queda nas intenções de contratações com redução de 0,4 ponto no indicador de emprego previsto.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 0,5 ponto percentual, para 80,2%, maior valor desde novembro de 2014.

Mil dias

O governo vai às ruas nessa semana, na qual se completam mil dias da administração Jair Bolsonaro, para fazer uma série de entregas todos os dias da semana. Hoje, por exemplo, já está confirmado que 12 ministros deixarão Brasília. Isso representa metade do governo. O presidente Bolsonaro vai à Bahia pela manhã para inaugurar pouco mais de 10 quilômetros de duplicação de estradas. Serão 5,4 quilômetros de duplicação na BR-116 e mais cinco quilômetros na BR-101. Depois, segue para Alagoas à tarde. Amanhã, quando o presidente estará em Roraima, serão 10 ministros fora de Brasília.

CPI da Pandemia

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia ouve a advogada Bruna Morato, representante dos médicos que elaboraram um dossiê contra a Prevent Senior. A empresa é acusada de fazer testes com cloroquina no tratamento contra a Covid-19 e ocultar as informações dos pacientes. Os médicos que organizaram os documentos são atuais e ex-funcionários da operadora de saúde. Eles reuniram uma série de irregularidades e entregaram ao senador Humberto Costa (PT-PE), autor do requerimento que convocou Morato para prestar depoimento na Comissão.

Lei de Improbidade Administrativa

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado irá realizar uma audiência pública hoje para ouvir posições sobre o Projeto de Lei (PL) 2.505/2021 que pretende reformular a Lei de Improbidade Administrativa. A reunião atende pedido do senador Alvaro Dias (Podemos-PR), um dos parlamentares que criticam o texto aprovado na Câmara dos Deputados em junho deste ano, e contará com a presença de políticos e convidados da sociedade civil. No requerimento, Dias destaca a preocupação com o risco de que mudanças na lei resultem no aumento dos índices de impunidade e dos casos de corrupção. Isso porque o principal ponto de mudança na Lei de Improbidade Administrativa é a necessidade da comprovação de dolo para punição a agentes públicos, configurando o crime de improbidade administrativa apenas para os que tiveram intenção de prejudicar a administração pública.

Petrobras

O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, reforçou que não haverá mudança na política de preço dos combustíveis da empresa. “Começo afirmando que não há nenhuma mudança na política de preço da Petrobras. Continuamos trabalhando da forma como sempre trabalhamos”, disse. Ao falar sobre os preços dos combustíveis, Silva e Luna destacou que o momento é “quase uma tempestade perfeita”, pois coincidem fatores como os impactos da pandemia, que ainda existem, a crise hídrica histórica, com consequências para a geração de energia, e a alta das commodities, em que o petróleo e o gás estão inseridos. Questionado se o momento é de uma mudança estrutural ou conjuntural na política de preços, o diretor de Comercialização e Logística, Claudio Mastella, respondeu que “pontualmente os preços estão defasados em alguns derivados”, mas que a companhia segue observando para um eventual ajuste ou não.

Ocupação avança e desemprego recua

Após registrar taxa de 15,1% em março de 2021, a desocupação recuou para 13,7% em junho, de acordo com a análise de desempenho recente do mercado de trabalho, feita a partir da desagregação dos trimestres móveis da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta segunda-feira (27/9), mostra também que taxa de desocupação dessazonalizada em junho (13,8%) é a menor apurada desde maio de 2020.

O avanço recente das contratações está ocorrendo principalmente em setores que empregam relativamente mais mão de obra informal, como setores de construção; agricultura; e serviços domésticos, que registraram crescimento anual da população ocupada de 19,6%, 11,8% e 9%, respectivamente. Desta forma, no segundo trimestre de 2021, na comparação interanual, observa-se uma expansão de 16% dos empregados no setor privado sem carteira e de 14,7% dos trabalhadores por conta própria.

De acordo com os dados obtidos na PNAD Contínua, o aumento do emprego no segundo trimestre ocorreu de forma disseminada para todos os segmentos da população quando comparado com o mesmo período do ano anterior. O destaque foi para a expansão da ocupação entre as mulheres, jovens e trabalhadores com ensino médio completo, com crescimento de 2,2%, 11,8% e 7,0%, respectivamente.

Apesar dos resultados positivos, alguns indicadores importantes mostram que outras dimensões do mercado de trabalho brasileiro ainda seguem em patamares bem desfavoráveis. Além da já mencionada alta na informalidade, observa-se a manutenção da subocupacão em patamar elevado e o aumento do tempo de permanência no desemprego. De acordo com os microdados de transição extraídos da PNAD Contínua, o percentual de trabalhadores desocupados que estavam nesta situação por dois trimestres consecutivos saltou de 47,3% no primeiro trimestre de 2020 para 73,2% no segundo trimestre de 2021. Por outro lado, a parcela de desempregados que obtiveram uma colocação no trimestre subsequente recuou de 26,1% para 17,8% no mesmo período.

Lucro líquido per capita de planos de saúde mais que dobrou em quatro anos

As empresas de planos de saúde faturaram R$ 192,1 bilhões em 2018. Em 2014, a receita do setor somou R$ 123,8 bilhões, havendo crescimento do valor no período, mesmo diante de uma queda de cerca de 3,3 milhões no número de usuários, que passou de 50,5 milhões, em 2014, para 47,2 milhões, em 2018.

Nesse período, o lucro líquido per capita no mercado de planos de saúde mais que dobrou, considerada atualização para valores constantes de 2018, passando de R$ 75,7 em 2014 para R$ 185,8 em 2018. No mesmo sentido, o lucro líquido agregado desse mercado também mais que dobrou em termos reais no período, de R$ 3,825 bilhões para R$ 8,755 bilhões. Enquanto isso, a taxa de sinistralidade – que é a razão entre despesas assistenciais em relação à receita – caiu de 0,850 para 0,832, no mesmo período.

“Considerando-se a queda da taxa de sinistralidade e o aumento da lucratividade, pode-se dizer que as operadoras de planos médico-hospitalares apresentaram resultados notáveis diante da estagnação da economia brasileira”, avaliaram os pesquisadores Carlos Octávio Ocké-Reis, Rodrigo Mendes Leal e Simone de Souza Cardoso, na nota técnica ‘Desempenho do Mercado de Planos de Saúde (2014-2018)’, publicada na terça-feira (28.09.21), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O número de usuários registrou um pequeno aumento em 2018, na comparação com 2017 (47,1 milhões). Para os pesquisadores, essa recuperação se deu em face da retomada do emprego formal, dado que a maioria dos usuários é, em geral, contratada pelos empregadores, por meio de planos coletivos empresariais. Em 2018, os planos coletivos representavam 80,8% do total de usuários de planos de assistência médica, dos quais 67,2% correspondiam à modalidade empresarial e 13,6% aos planos coletivos por adesão. Dentre essa categoria de planos, que podem ser empresariais ou por adesão, os planos empresariais representavam 67,2%; por sua vez, os planos coletivos por adesão abrangiam cerca de 13,6% do total de usuários.

No que se refere à evolução dos usuários segundo modalidade de contratação, no período 2014-2018, houve aumento de participação dos planos empresariais (de 66,7% para 67,2%) e uma relativa estabilidade dos planos coletivos por adesão em 13,6%. Quanto aos planos individuais e familiares, houve diminuição de sua participação no total do mercado (de 19,7% para 19,2%).

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53.218 é o número de pessoas que aguardam na fila para serem transplantadas no Brasil. De acordo com dados do Ministério da Saúde, as cirurgias de córnea e rim reúnem o maior número de pacientes na espera.

Apesar de cerca de 40% dos brasileiros já estarem vacinados contra a Covid-19, cresce a preocupação com a baixa cobertura vacinal para outras doenças. Para a infectologista e epidemiologista Luana Araújo, os dados são preocupantes, mas ainda não contradizem a cultura de vacinação presente no Brasil. Em entrevista à CNN, ela afirmou que a imunização dos adolescentes contra o coronavírus é um exemplo disso.


Sortimentos.com Giro de Notícias Brasil : publicação com informações selecionadas da CNN BrasilBrasil 61 e assessorias de imprensa por Fábio Juchen / editor dos sites da Sortimentos Comunicação e Participações.

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