Giro de Notícias Rio Grande do Sul : 14 de setembro de 2023

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Capital abriu 150 vagas de abrigos, mas tem 85 mil pessoas em áreas de risco

A prefeitura de Porto Alegre alerta que esta quinta-feira é o dia com maior risco para a população em decorrência das chuvas intensas. Na quarta-feira (13/09/23), o prefeito Sebastião Melo (MDB) fez um apelo para que moradores de áreas de risco, como aquelas sujeitas a inundações e deslizamentos, deixem suas casas ou busquem ajuda. “Às pessoas que moram em área de risco, a gente faz um apelo a elas, que não esperem, que tomem a decisão de ir para os seus parentes ou de ligar para a Defesa Civil e dizer que querem ser acolhidas”, afirmou.

Levantamento do município aponta 142 áreas de risco na cidade, totalizando 85 mil pessoas. Até ontem, a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) havia disponibilizado três espaços para acolher os necessitados – mas eles somavam apenas 150 vagas. Os abrigos são igrejas situadas na Ilha da Pintada e em Belém Novo, além de uma associação do bairro Ponta Grossa. À tarde, o abrigo de Belém Novo já era ocupado por 48 indígenas que moram nas proximidades. O Demhab informou que ofereceria apoio a famílias que moram em áreas vulneráveis do Morro da Cruz.

Melo pediu também, durante entrevista coletiva, que aquelas pessoas que puderem fiquem em casa hoje. No entanto, não foi feita nenhuma recomendação oficial nesse sentido e não houve suspensão de atividades e serviços.

A prefeitura está preocupada porque ventos de quadrante sul tendem a conter o escoamento da água do Guaíba para a Lagoa dos Patos. Como o lago já está elevado e segue recebendo um enorme afluxo de água dos rios Jacuí, Caí, Gravataí e Sinos, teme-se que possa haver transbordamentos. “Isso é um fato relevante. Há alagamentos nas várias bacias hidrográficas de Porto Alegre, apesar das casas de bomba estarem funcionando. Muitos arroios transbordaram e outros podem transbordar”, afirmou o prefeito.

Dia de transtornos na Capital gaúcha

Na quarta-feira (13/09/23), Porto Alegre teve precipitação contínua durante a maior parte do dia, com momentos de chuva forte. Houve transbordamento de arroios e alagamentos em vários pontos da cidade. Pela manhã, a Ilha da Pintada entrou em alerta, o que ocorre quando o nível do Guaíba atinge 2 metros – ele chegou a 2,08 no local de medição. Com 2,2 metros há inundação na ilha. No decorrer do dia, a água alagou ruas e casas da ilha, mas sem a retirada de moradores até a noite. Na Avenida Voluntários da Pátria, pela manhã, a água subiu tanto que um homem precisou sair de seu carro pelo teto solar, situação dramática registrada em vídeo. O excesso de chuvas causou também o fechamento de oito unidades de saúde, a maior parte localizada na zona sul da cidade, e a suspensão das aulas em três escolas, nos bairros Restinga, Arquipélago e Centro. Agora pela manhã, o Guaíba atingiu 2,58 metros – 3 centímetros acima da marca de alerta, mas ainda abaixo da cota de inundação, que é de 3 metros. Nesta madrugada, a água invadiu a avenida Guaíba, em Ipanema, e subiu no calçamento da parte baixa da orla do centro.

Rompimento de açude bloqueia BR-116

Na manhã de quarta-feira (13/09/23), o acúmulo de água fez uma pequena barragem romper-se em Camaquã, o que levou à inundação da BR-116. Vários veículos foram arrastados pela correnteza, incluindo uma viatura da Polícia Rodoviária Federal. Um vídeo de grande repercussão mostrou que um agente teve de subir no carro para se proteger. A rodovia, principal ligação com a zona sul do RS, ficou bloqueada no trecho entre Camaquã e Tapes até à tarde. Em consequência, o Daer anunciou a suspensão de viagens de ônibus entre Porto Alegre e vários municípios da região sul. Entre as rotas suspensas estavam as ligações com as duas maiores cidades da zona, Pelotas e Rio Grande. No meio da tarde, as viagens começaram a ser retomadas. Dezesseis rodovias gaúchas tiveram bloqueios por causa da chuva. No fim da quarta-feira, o balanço da Defesa Civil apontava 100 municípios afetados, nove pessoas desaparecidas, 4.892 desabrigados registrados, 20.959 desalojados, 940 feridos e quase 350 mil afetados.

Alunos prejudicados pelo fechamento do IPA vivem incerteza sobre o futuro

Mais de um mês depois do anúncio de encerramento das atividades do Centro Universitário Metodista IPA, de Porto Alegre, alunos da instituição continuam sem garantias sobre a continuidade dos seus estudos. A Rede Metodista, que está em recuperação judicial por causa de dívidas de 576 milhões de reais, firmou acordos para que PUCRS e Ulbra acolhessem os estudantes, mas até agora apenas 203 obtiveram a transferência (não há informação sobre quantos são os atingidos). Muitos alunos temem não poder dar seguimento à sua formação e reclamam da falta de agilidade do Centro Universitário para resolver o problema. Os estudantes em situação mais complicada são os de baixa renda, assustados com as mensalidades mais altas nas instituições que firmaram parceria com a Rede Metodista, e os que estudavam no IPA com bolsas que podem não ser reconhecidas nas outras universidades.

Giro de Notícias Rio Grande do Sul

  • Desfile Farroupilha é cancelado em Porto Alegre e será substituído por cavalgadas regionalizadas para arrecadar donativos às famílias atingidas pelas enchentes.
  • A prefeitura está em processo de contratação de empresa de engenharia para solucionar os problemas de deslizamento dos taludes na ciclovia da Avenida Ipiranga.
  • O PPG em Museologia e Patrimônio da UFRGS criticou o projeto da Melnick e do Zaffari de um prédio de 41 andares no Centro. Em nota, o curso alerta para possíveis danos na estrutura e no acervo do Museu Júlio de Castilhos.
  • A UFRGS ficou em 18º lugar no ranking das melhores universidades da América Latina e do Caribe – uma posição atrás do que no ano passado. A PUCRS também entrou na lista.
  • Representantes de escolas estaduais da Capital se reúnem para debater o plano de municipalização do Ensino Fundamental proposto pelo governo do Estado.
  • Em meio às investigações do Samu, novos diretores de regulação foram anunciados pela Secretaria Estadual de Saúde.
    Arroio do Meio, no arrasado Vale do Taquari pela enchente da semana passada, enfrentou forte temporal de granizo na terça-feira
  • Rio Grande do Sul teve 24 mil raios só entre 22h e 23h. Municípios com mais descargas foram Alegrete (2434), São Borja (2040), São Gabriel (1995), Cacequi (1446), Itaqui (1282), Uruguaiana (1.73), Maçambará (1101), São Francisco de Assis (1092) e Manoel Viana (1038).