Banco Central, sob gestão de Roberto Campos Neto, termina 2022 com prejuízo de R$ 298,5 bilhões e terá socorro do Tesouro Nacional

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Banco Central, sob gestão de Roberto Campos Neto, termina 2022 com prejuízo de R$ 298,5 bilhões e terá socorro do Tesouro Nacional

Prejuízo do Banco Central : Depois de registrar lucro recorde de R$ 85,9 bilhões em 2021, o Banco Central (BC), independente e sob gestão de Roberto Campos Neto, apresenta prejuízo de R$ 298,5 bilhões em 2022. O prejuízo em 2022 é tres vezes maior que o lucro apurado em 2021. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou na quinta (16/2) o balanço da Instituição em 2023.

Em 2022, houve prejuízo de R$ 326,5 bilhões referente a operações cambiais, como swap (venda de dólares no mercado futuro) e variação das reservas internacionais. Isso ocorre porque o dólar caiu 5,32% no ano passado, o que provoca perdas na hora de converter as operações cambiais em reais.

O prejuízo só não foi maior porque o Banco Central teve lucro operacional (ganhos com o exercício da atividade) de R$ 28 bilhões no ano passado. Ao somar os resultados cambiais e operacionais, chega-se ao prejuízo de R$ 298,5 bilhões.

Por causa da legislação de 2019, que regulamenta a relação entre o Banco Central e o Tesouro, a destinação dos lucros da autoridade monetária mudou. Do prejuízo total, o Tesouro terá de cobrir somente R$ 36,6 bilhões com títulos públicos. Do restante, R$ 179,1 bilhões serão cobertos com uma reserva de lucros de anos anteriores e R$ 82,8 bilhões, por meio de redução de patrimônio do BC.

O último resultado negativo apurado pelo BC tinha sido referente ao segundo semestre de 2020, quando houve prejuízo de R$ 33,6 bilhões. Na ocasião, o Tesouro não precisou cobrir a perda porque o BC quitou o resultado negativo com as reservas de lucros anteriores. Em 2021, a Lei Complementar 179 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp179.htm alterou a apuração de resultado do BC de semestral para anual.