Rio Grande do Sul giro de notícias : vacinação da Covid-19, cogestão da morte e falta de insumos

Giro de Noticias Rio Grande do Sul - Sortimentos.com
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Rio Grande do Sul giro de notícias : vacinação da Covid-19, cogestão da morte e falta de insumos

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Informe produzido pela redação de Sortimentos.com com informações do Matinal Jornalismo, Brasil 61 e assessorias de imprensa. Opinião e intervenções por Fábio Juchen

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Vacina, sim!

A Capital gaúcha amplia a vacinação a pessoas com idade igual ou superior a 73 anos a partir. A imunização pode ser realizada em 33 unidades de saúde ou nos três postos de drive-thru montados.

O estado do Rio Grande do Sul começa a distribuir para as Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) as 322.050 doses de vacinas contra o coronavírus, enviadas no sábado (20.03), pelo Ministério da Saúde. Os envios serão realizados a partir da tarde de segunda-feira (22.03) e um novo grupo-alvo será imunizado.

Durante reunião virtual com gestores municipais, representados pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), a Secretaria da Saúde (SES) definiu que as doses devem ser aplicadas em 100% dos idosos de 70, 71 e 72 anos; 100% da população quilombola e em 34% das pessoas de 69 anos no Rio Grande do Sul.

De acordo com a secretária da Saúde, Arita Bergmann, as vacinas chegarão até o meio-dia da próxima terça-feira (23) para todas as coordenadorias regionais e assim será preciso acelerar o processo de aplicação das doses em todos os municípios. O objetivo é dar celeridade na vacinação para aumentar o número de pessoas imunizadas no estado. O mais recente lote de vacinas recebido pelo Estado tem 285.800 doses de CoronaVac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, e 36.250 da Oxford/AstraZeneca da Fundação Oswaldo Cruz.

Proposta

Responsabilizar criminalmente prefeitos e secretários que por meio de decretos flexíveis para atividades econômicas e circulação de pessoas ocasionou a MORTE por Covid-19 de trabalhador formal através da falta de atendimento e estrutura hospital, com agravante na pena, para casos de falta de leito de UTI. Será que os gestores públicos irão manter discursos mediante devida contrapartida de ação / efeito ?

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Mais rigorosos que o Estado, Pelotas e São Leopoldo reduzem casos, mas custo político é alto

No dia 25 de fevereiro, quando o governo do Estado suspendeu a cogestão do distanciamento controlado – retomada nesta segunda-feira, depois de idas e vindas na Justiça –, a maioria dos prefeitos gaúchos esperneou diante da determinação, vinda do Piratini, de funcionamento apenas de serviços essenciais. Mas enquanto o mandatário de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), bradava que “sempre vai poder pôr mais alguém” nos hospitais, e que “era preciso contribuir com a vida para salvar a economia”, os chefes dos poderes executivos de dois dos maiores municípios gaúchos resolveram ir na contramão, adotando protocolos ainda mais duros do que aqueles definidos pelo governador Eduardo Leite (PSDB).

Herdeira política de Leite, a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas (PSDB) determinou um lockdown na cidade ao longo de três finais de semana consecutivos, contando a partir de 5 de março. Entre a noite de sexta-feira à noite até segunda pela manhã, nem mesmo os supermercados puderam funcionar e as pessoas ficaram proibidas de permanecer em lugares públicos.

Em São Leopoldo, a 270 km dali, Ary Vanazzi (PT) determinou restrição completa de atividades ao longo de quatro dias, entre 6 a 9 de março. Foram autorizados a funcionar apenas os serviços de saúde, postos de gasolina e supermercados. Vanazzi restringiu até mesmo o transporte público, que funcionou apenas nos horários de pico e de troca de turnos nos hospitais.

O resultado das medidas se reflete no comportamento da pandemia nos municípios. Enquanto Rio Grande do Sul e Porto Alegre tiveram um aumento exponencial no número de contaminados a partir de meados de fevereiro, São Leopoldo e Pelotas conseguiram frear o crescimento de novos casos de Covid-19 e manter as curvas estáveis – ainda que ascendentes.

Justiça libera cogestão

Acabou sendo um fim de semana de reviravolta na Justiça. Após uma decisão no sábado, ontem a Procuradoria-Geral do Estado obteve recurso e garantiu a retomada da cogestão, que permite as flexibilizações da bandeira preta a partir de segunda-feira. O juiz que deu a primeira decisão chegou a ser ameaçado. O retorno da cogestão, anunciado oficialmente na sexta, desagradou um grupo de prefeitos, entre eles Sebastião Melo (MDB), que criticou o fato de os municípios terem de fiscalizar as normas impostas pelo Estado. Para Melo, a cogestão está enfraquecida, e tornando pública sua discordância com uma série de novas restrições, o prefeito avalia acionar o judiciário para poder determinar os horários do comércio e dos bares. “Quem regula horário é o município, o Supremo já decidiu sobre isso”, ressaltou. Enfraquecido ou não, Porto Alegre, mesmo classificada na bandeira preta, adota os protocolos da bandeira vermelha a partir de hoje. Vale lembrar: as aulas presenciais seguem suspensas.

Falta de insumos pode piorar ainda mais a pandemia

Hospitais privados podem começar a ficar sem medicamentos a partir de hoje, alertou o diretor da Associação Nacional dos Hospitais Privados, Marco Aurélio Ferreira. Conforme ele, além da alta demanda, a situação ainda foi agravada pelo fato de o Ministério da Saúde ter requisitado insumos para intubar pacientes, a fim de destiná-los ao SUS. Com a falta de produtos como sedativos e bloqueadores musculares, é possível que, dentro de pouco tempo, pessoas venham a morrer sufocadas, devido à falta de condições para o tratamento adequado. Uma saída emergencial seria a importação desses insumos e o Itamaraty já iniciou consultas a respeito.

“Nossos estoques estão muito baixos e não estão sendo repostos pela indústria por conta das requisições administrativas que o ministério está fazendo nas fábricas”, afirmou Ferreira, falando em nome da entidade. No RS, a rede privada tinha 132% de seus leitos de UTI ocupados, enquanto, no SUS, esse índice estava 98,4% ontem à noite. Hoje o RS completa três semanas com suas UTIs operando acima da capacidade. Só em Porto Alegre, a fila por um leito de terapia intensiva passava de 200.

Eduardo Leite entra com representação no MP contra Roberto Jefferson por homofobia

Na sexta (19.03), o governador Eduardo Leite (PSDB) ofereceu uma representação criminal e cível ao Ministério Público do Estado contra Roberto Jefferson, presidente do PTB – mesmo partido do vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior. Leite acusa o petebista por injúria, homofobia e agressão. “Uma agressão que não é a mim pessoalmente, mas a toda sociedade, ao povo gaúcho e ao povo brasileiro”, afirmou. Jefferson fez uma série de afirmações homofóbicas de baixo calão contra Leite em uma emissora de rádio no dia 12 de março, depois de a bancada do PTB gaúcho, a maior seção petebista do País, ter se virado contra o presidente da sigla. Os ataques de Jefferson, ferrenho apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), se iniciaram após o movimento do PSDB para uma candidatura de Leite ao Planalto, em fevereiro.

Rio Grande do Sul Flash News

Enfermeiros do Nossa Senhora da Conceição, em Camaquã, relataram sofrer pressão para uso de hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19. Na cidade, uma médica foi demitida após aplicar o medicamento de forma diluída.

Com três semanas, março não só já é o mês com maior número de mortes por Covid-19 no RS, como tem o dobro do último recorde, que ocorreu em dezembro. E ainda há quem insista em correr riscos: em Canoas, uma festa clandestina reuniu cerca de 60 pessoas.

Morreu neste final de semana o ex-presidente do Ipergs e ex-secretário do Planejamento, José Alfredo Pezzi Parode, vítima de Covid-19. Ele tinha 67 anos.

Após receber o segundo maior lote de vacinas anticovid, a Secretaria Estadual de Saúde quer iniciar a imunização de pessoas a partir de 69 anos, além de atingir todo o público quilombola.

Uma servidora da Saúde foi agredida quando atuava na vacinação contra a Covid-19, em São Leopoldo. O caso ocorreu quando um homem que acompanhava a imunização da mãe tentou receber a dose.

Um levantamento apontou que os remédios para tratamento de Covid-19 ficaram até 400% mais caros em Porto Alegre. A Prefeitura encaminhou ofício ao Ministério Público do RS solicitando investigação.

Possível privatização da Corsan não irá acarretar em reajuste de tarifas, garantiu o atual presidente da estatal, Roberto Barbuti, em entrevista ao Jornal do Comércio. Você acredita ?

Economistas de renome lançaram neste final de semana uma carta em que pedem lockdown e mostram que a ideia de que medidas de contenção afetariam o desempenho econômico é errada.