Coronavírus no Rio Grande do Sul : notícias e atualização de casos (24.04.20)

CoronaVirus no Brasil e no Mundo
CoronaVirus no Brasil e no Mundo

Coronavírus no Rio Grande do Sul

Notícias e atualização de casos (24.04.20)

Passo Fundo, cidade gaúcha, 12ª colocação em população do Estado, com cerca de 200 mil habitantes, é a segunda em número de casos e mortes por Covid-19 no Rio Grande do Sul, ficando atrás de Porto Alegre. São 73 casos e seis óbitos. O surto tem origem possível numa empresa frigorífica, onde 19 trabalhadores foram infectados e outros 15 são considerados suspeitos. A procuradora do Trabalho em Passo Fundo, Priscila Schvarcz, alerta que a empresa pode ser um vetor de transmissão para três municípios da região. O governador do Estado do Rio Grande do Sul, muito preocupado com a economia e o retorno das atividades economicas, autorizou o relaxamento do isolamento social , mesmo com o crescente número de casos. O RS já conta com mais de dois mil casos registrados da doença. O vírus está em 106 dos 497 municípios gaúchos. A pandemia, provocou o afastamento de 1.984 trabalhadores da área da saúde nas 18 maiores cidades do Rio Grande do Sul.

Porto Alegre é a décima capital brasileira com a menor incidência de casos de Covid-19. São 27 pacientes por cada 100 mil habitantes, quase cinco vezes menos do que São Luís (MA), no topo da lista, com taxa de 128,6. Com 10 mortes registradas até ontem à tarde, a capital gaúcha sustenta a oitava taxa de letalidade mais baixa do País, 2,5%. Há subnotificação de casos, mas esse é um problema enfrentado por todos os Estados. Contribuíram para o cenário a adoção prematura do distanciamento social, baixa frequência de voos do Exterior e boa rede de atendimento de saúde. Com o achatamento da curva, ou seja, menos novos casos por dia, a projeção do pico da doença, que deveria acontecer no final de maio, foi revisado para entre 9 e 13 de junho

O reitor da Universidade Federal de Pelotas, Pedro Hallal, alerta sobre a flexibilização nas restrições provocadas pela pandemia: “Nós, gaúchos, não estamos sabendo comemorar uma vitória”, referindo-se aos números de incidência e mortes no RS, que poderiam ser maiores caso não houvesse medidas de distanciamento social. Hallal salientou que é contrário a mudanças na quarentena e observa que não existe solução rápida para o coronavírus. Segundo ele, o distanciamento social costuma ter uma vida útil de dois meses. “Estamos lidando com um vírus que a gente conhece muito pouco e tem matado muita gente”.

Os prefeitos de Campo Bom, Montenegro, Sapiranga e Novo Hamburgo autorizaram a reabertura do comércio, desrespeitando o decreto estadual. O Governador Eduardo Leite definiu a medida como “errada e ilegal” e informou que a situação poderá render até mesmo uma representação criminal contra os gestores municipais. O caso já tramita no MP, que desde sábado analisa a possível responsabilidade criminal dos prefeitos. O MP também está atento a realização de atos, reuniões e eventos que possam resultar em aglomerações. A motivação foram os recentes atos a favor do fechamento do Congresso e do STF no Centro da Capital.