Rio Grande do Sul Giro de Notícias : 8 de setembro de 2023

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Rio Grande do Sul Giro de Notícias : 8 de setembro de 2023


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Leite é contestado pela MetSul, que alertou sobre volume de chuva extraordinário

Não foi por falta de aviso. Contrariando o governador Eduardo Leite (PSDB), que declarou ser inexistente a previsão do alto volume de chuvas no Rio Grande do Sul, a MetSul emitiu alertas para níveis extraordinários de precipitação poucos dias antes da tragédia que já deixou mais de 40 mortos.

Em 31 de agosto, a empresa de meteorologia advertiu sobre “chuva extrema, onda de tempestades e enchentes” no início de setembro, com projeção de 300mm a 500mm de chuva na metade norte do Estado. A MetSul divulgou nota em resposta a uma entrevista do governador à GloboNews, em que o tucano disse que modelos matemáticos não previram o volume de chuvas que caiu sobre o Estado na segunda-feira.

O boletim emitido pela Sala de Situação da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado no domingo, dia 3 de setembro, colocou todo o RS em “alerta”, nível mais grave entre três classificações possíveis. A previsão para a segunda-feira do temporal era de “tempo severo” para a metade Norte. O volume de chuvas previsto, contudo, era bem inferior ao estimado pela MetSul: de 60mm a 90mm, com chance de chegar aos 120mm.

Na entrevista à GloboNews, o repórter André Trigueiro se disse espantado com a surpresa de Leite, destacando que o RS é porta de entrada de eventos extremos, que já não são mais novidade – e devem se tornar cada vez mais comuns, como já alertamos aqui na Matinal. O jornalista ainda disse ao governador que não adianta manifestar surpresa toda vez que ocorre um fenômeno dessa magnitude, questionando o que o poder público vem fazendo para lidar com o “novo normal” imposto pelas mudanças climáticas. Enquanto falava, foi interrompido por Leite, que se exaltou e reclamou de “falta de empatia” por parte do repórter.

Coordenador de Justiça Climática do Greenpeace Brasil, Igor Travassos também ressaltou que “não estamos lidando com um fato novo ou inesperado” e cobrou: “​​Quantos mais precisarão morrer ou perder tudo para que os governantes garantam cidades seguras para todas as pessoas?”

Sem plano de ação – Em março deste ano, em reportagem da Matinal sobre a estiagem – outro evento climático que vem castigando o RS,–, o secretário estadual da Agricultura Giovani Feltes admitiu que o Estado não estava preparado para lidar com enchentes. Questionado sobre a previsão de um El Niño em 2023, feita pela Organização Meteorológica Mundial, Feltes afirmou não haver qualquer plano de ação, à época, para defrontar tal possibilidade: “Se nós tivermos a estiagem acabando e logo ali adiante o excesso das águas, que também traz dificuldades, estaremos numa fase um pouco desafiadora”.

41 mortos e mais de 10 mil fora de casa

Até o fechamento desta edição, o número de mortes causadas pelas chuvas desta semana no RS chegou a 41. Segundo informações da Defesa Civil, há também 25 pessoas desaparecidas nos municípios de Arroio do Meio, Lajeado e Muçum. Ao todo, as enchentes atingiram 83 cidades gaúchas e deixaram 2.944 pessoas desabrigadas, 7.607 desalojadas e 122.992 afetados. O governo federal reconheceu o estado de calamidade pública nos municípios mais atingidos, mas as vítimas de um dos piores desastres no Estado não receberam a visita do presidente Lula, que ontem embarcou para a Índia rumo ä cúpula do G20. O governador Eduardo Leite esteve mais uma vez no Vale do Taquari e anunciou recursos para ajudar a reerguer áreas destruídas pelo ciclone. Em Porto Alegre, com o aumento dos níveis do Rio Jacuí e do Guaíba, sete moradores das ilhas foram retirados de suas casas. Mas há na Ilha Grande dos Marinheiros quem não planeje deixar sua residência, segundo reportagem de GZH. São pessoas que dizem temer mais o risco de furtos do que as inundações.

Prefeitura bloqueia toda a ciclovia da Ipiranga

A prefeitura de Porto Alegre determinou, na quarta-feira, o bloqueio preventivo de toda a extensão da ciclovia da Avenida Ipiranga, que vai da Borges de Medeiros até a Antônio de Carvalho. No início da semana, dois pontos da via exclusiva para bicicletas já haviam sido interditados, um próximo à Avenida Silva Só, onde houve desabamento parcial do talude do Arroio Dilúvio, e outro próximo à PUCRS. Além disso, um trecho próximo ao Planetário já estava bloqueado desde julho. De acordo com a prefeitura, o objetivo da medida é garantir a segurança dos ciclistas e avaliar os impactos das chuvas nas rampas do Dilúvio, além de fazer um diagnóstico estrutural dos limites do arroio que acompanha a avenida. Há a possibilidade de que trechos da ciclovia sejam liberados ao longo da análise. Por enquanto, os ciclistas podem usar ruas adjacentes ou circular pela calçada da Avenida Ipiranga, junto aos pedestres.

Abaixo-assinado pede redução da velocidade máxima na Beira-Rio

Após o atropelamento do ator Kayky Brito, no Rio de Janeiro, o site Caos Planejado lançou o abaixo-assinado Manifesto Orla Zona 30, cujo objetivo é reduzi para 30 km/hr o limite de velocidade da Avenida Edvaldo Pereira Paiva. Segundo reportagem da Matinal publicada em fevereiro deste ano, uma pessoa atropelada por um carro a 30 km/h tem 90% de chance de sobreviver; se o automóvel trafega a 50km/h, porém, a probabilidade é inferior a 20%. A matéria retratou a mobilização nacional para reduzir a velocidade máxima nas vias urbanas. À época, a Secretaria de Mobilidade Urbana de Porto Alegre informou que o Executivo estudava reduzir limites de velocidade em vias “com grande movimentação de pedestres”.

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Cinco linhas de ônibus de Porto Alegre receberam o acréscimo de 35 viagens, mas os números ainda estão abaixo do período pré-pandemia.

A reforma no Ginásio Tesourinha vai começar na segunda-feira e deve durar oito meses. Os trabalhos contemplam parte da arquibancada, troca de aberturas e janelas, reparos elétricos e outras melhorias.

A obra de alargamento da Avenida Vicente Monteggia foi concluída e oficialmente entregue pela prefeitura.

Já a conclusão dos trabalhos no Quadrilátero Central do Centro Histórico foi adiada para 2025. Mas o município pretende liberar as ruas para circulação em 2024.

Apesar da queda de 2% do valor total no último mês, a cesta básica de Porto Alegre segue sendo a mais cara do país: manter-se alimentado custa 760 ao consumidor.

Após a publicação da reportagem do Sul21 sobre o prédio de 41 andares no Centro, Prefeitura e Melnick não explicaram as inconsistências no projeto.

Das 20 maiores cidades do Estado, Porto Alegre apresentou o pior resultado no Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do RS, o Saers. A pesquisa servirá de base para a distribuição do ICMS aos municípios em 2024.

A pobreza entre idosos no RS aumentou na última década. Conforme pesquisa da PUCRS, aqueles considerados de baixa renda foram de 2,7% para 4,5%.