Alerta máximo no Rio Grande do Sul : notícias 13 de setembro de 2023

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Alerta máximo no Rio Grande do Sul : notícias 13 de setembro de 2023

Riscos de alagamentos, inundações e deslizamentos de terra com novo ciclone . Vento forte e ressaca com ondas de até três metros

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Alerta máximo no Rio Grande do Sul

Dez dias depois da inundação histórica no Vale do Taquari, o RS está de novo em situação de “grande perigo” meteorológico, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O órgão emitiu ontem dois alertas vermelhos, com abrangência para a maior parte do território gaúcho. O Inmet prevê chuvas intensas e acumulados significativos de precipitação.

Na Fronteira Oeste e no sul do Estado, as cheias dos rios da região já deixam cerca de 800 pessoas fora de casa e houve cancelamento de aulas em escolas públicas. Em Rio Pardo, no Vale do Rio Pardo, famílias também tiveram de sair de suas residências.

Em meio ao temor de agravamento da situação, o presidente Lula convocou uma reunião ministerial para discutir a ajuda ao Estado. No começo da noite, anunciou empréstimo de 1 bilhão de reais para recuperar a economia das cidades atingidas e a liberação de 600 milhões de reais do FGTS para 354 mil trabalhadores. O presidente vem sendo criticado por não ter viajado ao RS.

Na terça-feira (12.09.23), quando um novo óbito elevou para 47 os mortos das cheias, Porto Alegre amanheceu contabilizando os danos causados pelo vendaval da madrugada, que teve rajadas de até 80 quilômetros por hora. Os estragos na Capital incluíram cortes no fornecimento de energia, queda de dezenas de árvores, bloqueios no trânsito, destelhamentos e danos em carros e residências. O vento forte também impediu pousos e decolagens no aeroporto. Houve pelo menos quatro arremetidas e 16 cancelamentos. Pela manhã, reinava a confusão no terminal do Salgado Filho.

Cai número de desaparecidos no Vale do Taquari

Em meio às notícias ruins, a terça-feira produziu uma informação alentadora. Uma varredura nos dados sobre pessoas desaparecidas em decorrência das inundações concluiu que a lista oficial de 46 sumidos estava inflada, ao contrário do que se chegou a prever antes. Apenas nove pessoas ainda não foram encontradas. O governo do Estado informou também que 83 pessoas que chegaram a figurar entre os desaparecidos foram localizadas com vida. O Rio Grande do Sul ainda contabiliza 4.794 desabrigados e 20.517 desalojados.

Para especialistas, era possível prever gravidade da inundação e alertar moradores

Nove professores do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS publicaram nota na qual afirmam que “era possível saber, com quase 24 horas de antecedência, que a cheia do Rio Taquari em Lajeado seria de grande magnitude”. Segundo os acadêmicos, a destruição da ponte de ferro sobre o Rio das Antas e o volume de precipitação na tarde de 4 de setembro já indicavam o que ocorreria no dia seguinte na cidade. Em outros municípios, como Roca Sales e Muçum, foi menor o intervalo entre fatos que anunciavam a iminência de um desastre e a inundação, mas mesmo assim teria sido possível prevê-la com “várias horas de antecedência”. Os pesquisadores sublinham que houve erros nas ações de prevenção e alerta. “Por que as pessoas tiveram que subir nos telhados das casas? Por que essas pessoas não foram encaminhadas, previamente, para locais seguros?”, questionam. O Ministério Público Federal já está apurando as responsabilidades. Os procuradores querem saber se as autoridades falharam na mitigação dos efeitos das chuvas e na comunicação do risco à população. Já foram encaminhados pedidos de informações à Defesa Civil, a prefeituras e ao governo do Estado.

Câmara aprova lei redundante para divulgar dados sobre obras

A Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou um projeto de lei que obriga a prefeitura a divulgar informações sobre o andamento das obras públicas. De autoria do vereador Gilson Padeiro (PSDB), a legislação determina que informações como cronograma e recursos repassados sejam publicados no Portal de Transparência do município, com atualizações mensais. À primeira vista, é uma bela iniciativa para uma cidade onde as obras atrasam com frequência e acabam saindo por custo superior ao orçado. O problema é que Porto Alegre já conta com uma legislação desse tipo desde 2020 – e ela não é cumprida como deveria. Apanhado de surpresa pela informação sobre a duplicidade, o presidente da Câmara afirmou que vai tomar medidas para evitar que os vereadores voltem a votar duas vezes a mesma lei.

Conselho do Plano Diretor tem risco de enfraquecer

Por sugestão da consultoria Ernst & Young, o Conselho do Plano Diretor de Porto Alegre pode perder sua função deliberativa, informa a jornalista Bruna Suptitz, do Jornal do Comércio. Hoje seus integrantes podem decidir sobre a validade de um empreendimento e as contrapartidas que devem ser entregues à cidade. A Ernst & Young foi contratada para subsidiar os trabalhos de revisão do Plano Diretor, que estão em andamento. Se a recomendação for acatada pelo executivo, o colegiado passa a ser somente consultivo. O prefeito Sebastião Melo tende a gostar da ideia, já que vem trabalhando para esvaziar os conselhos. Em entrevista à Matinal em março de 2002, Melo já havia defendido a redução da participação desses colegiados. Em abril deste ano, a Câmara Municipal aprovou proposta do executivo que acabou com o Conselho de Transportes, que tinha caráter deliberativo. Ainda no ano passado, o Conselho de Saúde também perdeu poder de decisão, mas em junho de 2023, a Justiça tornou ilegal a lei que esvaziou o colegiado.

Giro Rio Grande do Sul

  • Incêndio atingiu o prédio centenário da Escola de Engenharia da UFRGS na madrugada e danificou duas salas. Ninguém ficou ferido. Três viaturas controlaram o fogo, cujas causas serão investigadas.
  • O PSDB vai recorrer da decisão judicial que determinou o afastamento de Eduardo Leite da presidência da sigla. Segundo a Executiva do partido, já estão em andamento medidas solicitadas pela Justiça, como a realização de convenções partidárias.
  • Desde o início do ano, o Dmae removeu 228 mil metros cúbicos de resíduos em dragagens de arroios de Porto Alegre. Isso é equivalente a quase 100 piscinas olímpicas e já supera o que foi removido durante todo o ano passado.
  • Com professores em greve por falta de pagamento, o Centro Universitário Metodista encaminha o encerramento das atividades e instrui os alunos a buscar outras instituições.
  • O MP de Viamão ajuizou uma ação contra o Estado e o próprio Município para que moradores do Hospital Colônia de Itapuã não sejam realocados nem incentivados a deixar o local.
  • As acusações contra o ex-prefeito de Viamão e atual deputado estadual Professor Bonatto (PSDB) foram consideradas improcedentes pelo TRE. O parlamentar estava sendo julgado por abuso durante a campanha eleitoral de 2022.
  • A sétima edição do Fórum de Geração Distribuída de Energia com Fontes Renováveis do Rio Grande do Sul, organizado pela Fiergs e pelo Sebrae-RS, ocorrerá no dia 22 de setembro.
  • Está para ser votado o projeto que prevê a garantia de fornecimento de água gratuita para consumo em bares e restaurantes de Porto Alegre. A proposta é de autoria do vereador Marcelo Sgarbossa. Recentemente, lei semelhante foi aprovada na Assembleia Legislativa de São Paulo.
  • Arroio do Meio, no arrasado Vale do Taquari pela enchente da semana passada, enfrentou forte temporal de granizo na terça-feira
  • Rio Grande do Sul teve 24 mil raios só entre 22h e 23h. Municípios com mais descargas foram Alegrete (2434), São Borja (2040), São Gabriel (1995), Cacequi (1446), Itaqui (1282), Uruguaiana (1.73), Maçambará (1101), São Francisco de Assis (1092) e Manoel Viana (1038).