Indicadores Agronegócio 24/08/21 : preços do café, açúcar e frango em alta; boi gordo está estável; e, suíno e milho em queda

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Indicadores Agronegócio 24/08/21 : preços do café, açúcar e frango em alta; boi gordo está estável; e, suíno e milho em queda

O preço da arroba do boi gordo está estável na terça-feira (24.08.21), em São Paulo, sendo comercializada a R$ 313,75. Em Belo Horizonte (MG), o preço da arroba do boi gordo está estável com venda a R$ 307,50. Em Goiânia (GO), a arroba do boi gordo é vendida a R$ 298,50 e em Cuiabá (MT), a R$ 293,50. 

O preço do quilo do frango congelado teve alta de 0,5% sendo comercializado em São Paulo e em Santa Catarina a R$ 8. Em Porto Alegre, o preço do quilo do frango congelado é cotado a R$ 8,05. 

O preço da carcaça do suíno teve queda de quase 2%, em São Paulo, com venda a R$ 9,97 o quilo. No Paraná, o quilo da carcaça do suíno é comercializado a R$ 9,80 e Santa Catarina, a R$ 9,90.

O preço da saca de 60 quilos do café arábica teve alta de quase 0,5%, na terça-feira (24.08.21), em São Paulo, com venda a R$ 1.049. O preço da saca de café robusta está estável com venda a R$ 652,68.

O valor da saca do açúcar cristal teve alta de quase 1%, em São Paulo, sendo comercializada a R$ 134,43. Em Ribeirão Preto (SP), a saca do açúcar bruto é vendida a R$ 134, a R$ 135 no Triângulo Mineiro e a R$ 137 em Maringá (PR). 

O preço da saca do milho teve queda de quase 1% sendo comercializada a R$ 98,21, em São Paulo. Em Rio Verde (GO), a saca do milho tem cotação de R$ 88; em Erechim (RS) a R$ 99 e em Cascavel (PR), a R$ 100. 

Os valores são do Canal Rural e Cepea com produção do Brasil 61

Custos da soja e do milho tem elevação de 50% no período de 12 meses

O custo de produção tanto para soja como para o milho, indicam elevação da ordem de 50% no período dos últimos 12 meses. Os dados fazem parte do segundo levantamento de custos divulgado na terça-feira, (24.0812), pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul ( FecoAgro/RS ), levando por base os preços dos insumos, máquinas e implementos, entre outros, em 1ª de agosto de 2021.

O cálculo indica que, para cultura do milho, o produtor terá uma elevação de 52,01% em relação à safra passada. Com isso o custo operacional ficou em R$ 5.456,49 por hectare, aumento de R$ 1.884,04 por hectare. Enquanto o custo total de produção é de R$ 7.653,15 por hectare, valor superior em R$ 2.618,57 por hectare. Apesar da inflação dos custos, a relação de troca, neste mês de agosto de 2021, está mais favorável em relação às últimas quatro safras, desde a temporada 2016/2017.

Para que o produtor possa cobrir o custo, segundo levantamento da federação, ele terá que produzir 60,70 sacas de milho por hectare ao preço de R$ 89,90 a saca, ou seja 16,69 sacas a menos que na temporada anterior, e vai precisar colher 85,13 sacas para cobrir o custo total de produção, uma redução de 21,95% por hectare. Foi considerado no estudo uma tecnologia alta para o milho e a produtividade considerada é de 160 sacas por hectare, isso devido ao preço aquecido do milho no mercado.

Em relação a soja, os produtores terão uma elevação de custo total de produção de 48,45% e no desembolso aumento de 53,46%. Com isso vai precisar colher 24,06 sacas de soja por hectare para cobrir os gastos operacionais da oleaginosa, 17,56% a mais para pagar a conta. Com relação ao custo total, vai precisar produzir 35,58 sacas por hectare para equilibrar os gastos, um aumento de 13,72% na relação de troca em relação à safra passada. Os produtores vão enfrentar um custo, para pagar o desembolso da soja de R$ 3.657,80 por hectare e o custo total de produção ficou em R$ 5.408,23 por hectare, considerando produtividade esperada de 60 sacas de soja por hectare.

Segundo o economista da FecoAgro/RS, Tarcísio Minetto, os significativos aumentos de custos é reflexo da elevação dos preços principalmente dos fertilizantes, maquinas e equipamentos agrícolas, combustível e demais insumos relacionados a produção, que em alguns casos superaram a 100% os preços para quem deixou para comprar os insumos na boca do plantio, além da falta de alguns insumos no mercado que elevaram as cotações.

Para o presidente da entidade, Paulo Pires, apesar da inflação dos custos para safra, o momento é favorável ao setor diante da manutenção dos preços aquecidos no mercado. O que se observa é uma piora na relação de troca no caso da soja em relação à safra passada que foi excepcional. “A maioria dos produtores estão se planejando e adquiriram os insumos antecipados no início de 2021 e final de 2020 onde a relação de troca era mais favorável, portanto, terão um custo menor. Mas preocupa aqueles que deixaram ou não puderam comprar antecipadamente por vários fatores e arcarão com custos maiores”, observa.

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