Notícias Rio Grande do Sul : lixões temporários, ações contra prefeitura, Pacote da Destruição, desocupação de prédio

Notícias Rio Grande do Sul : lixões temporários, ações contra prefeitura, Pacote da Destruição, desocupação de prédio

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Lixões temporários da capital não têm data para fechar

Depois do trauma de ver as ruas inundadas, os porto-alegrenses agora convivem com grandes volumes de lixo empilhados pela cidade. Os chamados “bota-espera” são lixões temporários que acumulam entulhos da enchente antes de serem transportados para o aterro em Gravataí.

Questionado sobre eventuais riscos pelo acúmulo de lixo em ambientes próximos a escolas, residências e de grande circulação de pessoas, o diretor-geral do DMLU, Carlos Alberto Hundertmarker, afirmou que os locais não representam perigo ambiental e que têm autorização da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema). Contudo, o Ministério Público Federal e o MP do Rio Grande do Sul, em visita ao lixão montado no Porto Seco, alertaram para riscos. No sábado, um grupo de moradores do Humaitá protestou contra a instalação do depósito temporário ao lado da Arena do Grêmio. Saiba mais em reportagem da Matinal.


Ações contra prefeitura cobram atuação imediata após enchentes

Quatro entidades protocolaram, na sexta-feira, ação civil demandando atuação imediata da prefeitura de Porto Alegre no combate à crise decorrente das enchentes na capital. As entidades apontam negligência na administração municipal e cobram o estabelecimento e cumprimento de um plano de atuação imediata baseado no Plano de Contingências de Proteção e Defesa Civil do município. No dia anterior, outra ação civil pública já havia sido protocolada contra a prefeitura, pedindo um plano de ação imediato para regiões diretamente afetadas e chamamento de concurso público para sanar déficit de técnicos em órgãos ambientais. Leia na Matinal.


Justiça dá prazo de dez dias para desocupação de prédio no Centro

O juiz Paulo Cesar Filippon determinou que os moradores da Ocupação Desabrigados da Enchente deixem o prédio onde funcionava o Hotel Arvoredo, na rua Fernando Machado, em um prazo de dez dias. O anúncio foi feito na sexta. Com 63 apartamentos, o edifício estava vazio havia mais de dez anos e, anteriormente, funcionou como um hotel. Desde 24 de maio, cerca de 130 pessoas de 50 famílias estão na ocupação, incluindo idosos, mulheres, crianças e animais domésticos. O grupo residia majoritariamente em bairros da zona norte de Porto Alegre, como Sarandi e Humaitá, além de pessoas vindas das ilhas e cidades como Guaíba e Eldorado do Sul. Leia no site da Matinal.


Em Brasília, 21 parlamentares gaúchos apoiam projetos do “Pacote da Destruição” do clima

Em 8 de maio, enquanto o RS já contabilizava 107 mortes pelas enchentes – que agora já são 173 –, 15 deputados federais gaúchos votavam, em caráter de urgência, a favor do PL 1366. O projeto dispensa o licenciamento ambiental da silvicultura, método artificial de reflorestamento, com potencial de alto impacto na biodiversidade e na oferta de água. Dos 31 deputados eleitos pelo RS para a Câmara Federal em 2022, pelo menos 21 apoiam projetos que fazem parte do chamado “Pacote da Destruição”. Quatro desses projetos têm como autores ou relatores parlamentares do estado e preveem desde tirar recursos do Ibama, o guardião da legislação ambiental, até autorizar a supressão da vegetação nativa dos biomas não florestais, como o Pampa e a Mata Atlântica.


Rualdo Menegat na Sabatina Parêntese: “Crise climática deve ser enfrentada com soluções integradas”

O geólogo Rualdo Menegat foi o entrevistado da segunda edição da Sabatina Parêntese – Conversas sobre o futuro, evento promovido pela Matinal. O encontro ocorreu no sábado (8/6), na Livraria Paralelo 30. Em conversa com o professor Luís Augusto Fischer, sob o tema “Cinco questões para entender e pensar o futuro pós-inundação”, Menegat falou sobre a importância da educação e da divulgação científica diante do panorama das crises ambientais, além da necessidade de políticas públicas baseadas na ciência. Considerado um dos grandes expoentes da sua área, o pesquisador, que coordenou a publicação do Atlas Ambiental de Porto Alegre na década de 1990, abordou também o negacionismo climático em curso no Rio Grande do Sul, responsável pela tragédia vivida atualmente no estado.


Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS)

Entre os mais de 10 espaços culturais do Centro Histórico afetados pelas enchentes, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) apresenta o cenário mais dramático. Embora centenas de obras tenham sido remanejadas sem danos entre o final de abril e o dia 3 de maio, outras centenas – armazenadas em móveis que não puderem ser retirados da reserva técnica –, acabaram sendo atingidas pela cheia, que alcançou 2 metros de altura no andar térreo do museu. “Nas últimas semanas, o museu está operando como um grande laboratório de secagem e desumidificação dessas obras atingidas pela água ou expostas à umidade”, conta o diretor-curador da instituição, Francisco Dalcol.


Giro de Notícias

O boletim da Defesa Civil do RS divulgado ontem informa 173 óbitos, 38 desaparecidos, 18.854 pessoas em abrigos e 423.486 desalojados após as enchentes.

Após 35 dias, o Dmae retomou a operação da estação de tratamento de água das ilhas, que abastece cerca de 9 mil famílias no bairro Arquipélago.

No sábado, o prefeito Sebastião Melo voltou atrás em relação a veto parcial sobre lei de socorro municipal aos atingidos pela enchente e sancionou, agora integralmente, benefícios de estadia solidária, auxílio humanitário e retomada econômica.

A aprovação dessas emendas contou com votos da base aliada, a despeito da orientação contrária do governo, conforme a Matinal mostrou na semana passada.

A demolição do corredor construído na avenida Assis Brasil para ligar Porto Alegre e região metropolitana foi concluída ontem.

Cinco estações da Trensurb podem voltar a funcionar ainda em junho; outras três – Mercado, Rodoviária e São Pedro – seguem sem previsão de retorno.

A demora da volta dos trens preocupa lojistas do Centro Histórico por conta dos funcionários que se deslocam da região metropolitana para trabalhar na capital.

A Federação de Entidades Empresariais do RS estima em 176 bilhões de reais o custo para reconstruir o estado.

Em maio, as vendas da indústria gaúcha caíram 15,6% e a arrecadação do ICMS teve redução de 16,1%.

Entidades empresariais e de trabalhadores criticam as medidas para evitar demissões anunciadas pelo governo federal na semana passada.

Pesquisadores da UFRGS apontam que a cheia em Porto Alegre foi intensificada por represamento em um trecho entre os rios Jacuí e Guaíba e recomendam aprimorar o monitoramento dos níveis da água.

Nesta semana, PUCRS, Unisinos, e UFPel retomam suas atividades presenciais, enquanto na UFRGS a suspensão segue até 15 de junho.

Na capital, uma escola municipal e 12 estaduais também devem retomar as atividades nesta semana – medida já registrada em 83 escolas municipais, 190 conveniadas e 220 instituições estaduais.

Aviões que estavam ilhados no Salgado Filho começaram a decolar.

Sem data de reabertura, MARGS e CCMQ avaliam danos e recuperam seus espaços

O governo do estado anunciou que o Banrisul doará R$ 25 milhões para o restabelecimento de museus e patrocínio de eventos do setor cultural, outros R$ 59,5 milhões serão destinados, pelo governo do RS e o Sebrae, a microempreendedores e microempresas do setor.

O Sesc/RS também lançou iniciativas de incentivo à retomada do setor cultural.

De 19 a 23 de junho, o Festival de Música Colaborativo vai reunir dezenas de músicos gaúchos no palco Theatro São Pedro.

O Espaço Força e Luz vai disponibilizar espaços gratuitamente, entre os dias 17 de junho e 17 de agosto, à realização de atividades da comunidade cultural.


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Sortimento Eleições 2024 : não seja ‘eleitor prego’ que ‘leva na cabeça’

Você vai votar ou reeleger os políticos e candidatos dos partidos que no Executivo e Legislativo municipal de Porto Alegre votaram em leis, projetos e ações que não atenderam suas demandas, desejos e necessidades? Pense bem, quem paga a conta é você!


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