Ciclone Extratropical : vento, chuva e frente fria no Sul do Brasil

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Ciclone Extratropical : vento, chuva e frente fria no Sul do Brasil

Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) alerta para a formação de um ciclone extratropical sobre o Sul do Brasil.

  • atualizado às 23h08 de 11/07/23

Vento

Entre a quarta-feira (12/7) e a sexta-feira (14/7), os ventos mais intensos se concentrarão nas seguintes áreas: litoral norte do Rio Grande do Sul, litoral do Paraná, litoral de São Paulo e litoral sul do Rio de Janeiro.

Conforme matéria publicada pela METSUL, o pior do vento ocorrerá no Leste gaúcho com rajadas que devem ficar perto e acima de 100 km/h em muitos pontos, especialmente na costa, na área de entorno da Lagoa dos Patos, inclusive em Porto Alegre, e nos pontos mais próximos da costa dos Campos de Cima da Serra.

Em Porto Alegre e a parte Sul da área metropolitana o vento médio deve ficar entre 70 km/h e 90 km/h, mas em alguns pontos as rajadas podem atingir marcas mais altas que podem ficar entre 100 km/h e 110 km/h, sobretudo mais ao Sul da capital e locais perto da Lagoa dos Patos. Dentro da área urbana, topografia e construções aceleram o vento e pode gerar rajadas muito intensas.

Na costa gaúcha, as rajadas devem ficar em média entre 80 km/h e 100 km/h, mas em alguns setores da faixa costeira o vento pode ser mais intenso com rajadas que alguns modelos indicam poderiam chegar a 110 km/h ou mais. O vento mais forte na costa deve ocorrer entre Rio Grande e Torres.

Nos Campos de Cima da Serra, na borda da Serra, a mais de mil metros de altitude, os ventos devem ficar acima de 100 km/h em alguns trechos. O vento sopra forte a intensamente ainda durante o dia na quinta no Leste do Paraná com rajadas em alguns pontos de 80 km/h a 100 km/h nos picos da Serra do Mar e de 70 km/h a 90 km/h no litoral paranaense.

Curitiba deve ter vento por vezes forte com rajadas de 60 km/h a 70 km/h, mas que isoladamente podem ser maiores.

Em Santa Catarina, que sofrerá os maiores efeitos do ciclone juntamente com o Rio Grande do Sul, o vento será mais forte no Leste do estado. Previsão de rajadas de 70 km/h a 90 km/h em quase toda a costa, mas que devem atingir de 100 km/h a 120 km/h, e isoladamente até mais, em pontos do litoral, especialmente o Sul.

Vento muito intenso, acima de 100 km/h, em trechos da Serra do Planalto Sul – como o Mirante da Serra do Rio do Rastro em Bom Jardim da Serra – até o setor serrano da Grande Florianópolis, na região de Rancho Queimado. Em alguns pontos, destas áreas de maior altitude da Serra Catarinense, rajadas localizadas podem atingir de 120 km/h a 140 km/h.

Ressacas e baixa temperatura

Também é prevista a ocorrência de ressacas na faixa litorânea entre a Região Sul e o Rio de Janeiro entre quarta-feira (12/7) e sexta-feira (14/7).

Na quarta (12), o ar frio avança sobre o Sul e Mato Grosso do Sul. Na quinta-feira (13), a previsão é de que o ar frio atinja áreas de Mato Grosso, Rondônia, sul do Acre, oeste e sul de Goiás, São Paulo, Triângulo Mineiro e sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Na maior parte do centro-sul do Brasil as temperaturas devem bater a faixa entre 10ºC e 12ºC. O fenômeno meteorológico ainda pode causar granizo e neve em alguns estados da região Sul do país.

No que diz respeito à chuva, de acordo com o modelo Cosmo, espera-se acumulados acima de 100 mm no centro-leste do Rio Grande do Sul, incluindo Porto Alegre, ao longo da quarta-feira. Na região sul e no litoral sul de Santa Catarina (região de Araranguá), os volumes de chuva podem chegar a 100 mm.

Mais detalhes sobre as condições marítimas através do site www.marinha.mil.br.

Ciclone extratropical

O ciclone extratropical está associado a frente fria que deverá avançar de forma continental pelo País, atingindo não apenas o Sul, mas avançando por áreas do Sudeste e Centro-Oeste, podendo atingir, inclusive, o sul da região amazônica.


Ciclone extratropical

Conforme a MetSul, o ciclone extratropical é um fenômeno meteorológico caracterizado pela formação de tempestades e fortes rajadas de vento. São definidos como sistemas de baixa pressão atmosférica de escala sinótica que ocorrem nas regiões de latitudes médias. Esse tipo de ciclone não costuma ser formado em regiões tropicais, por isso a nomenclatura.

Os sistemas extratropicais são normais no litoral da Argentina e na foz do Rio de Prata, algumas vezes se originando na costa do Rio Grande do Sul.

À medida que o ciclone se intensifica, pode causar mudanças na temperatura, umidade, direção do vento e pressão atmosférica, o que pode levar a condições meteorológicas tempestuosas, como chuva, neve e ventos fortes.