“O futuro do varejo é Omnichannel”, afirma Luiz Alberto Marinho especialista de varejo e shopping centers

Luiz Alberto Marinho palestra Omnichannel Futuro do Varejo - Sortimento Revista de Negócios

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“O varejo está passando por uma ‘supernova’. Mas não é o varejo que vai explodir, e sim aquela ideia antiga do varejo tradicional”! A afirmação foi feita por um dos mais importantes especialistas de varejo e shopping centers do país, Luiz Alberto Marinho, , na tarde de quinta-feira (26.05) durante apresentação em Feira do Varejo na Fiergs, em Porto Alegre / RS.

Com o tema: “O futuro das lojas e dos shoppings centers”, o especialista destacou que o varejo do futuro é omnichannel, com a fragmentação dos canais de venda. “Na pandemia, o digital entrou mais na vida das pessoas. Hoje, o consumidor quer a integração do on e do off-line, quer ter a opção de ver a live de um produto, ir na loja experimentar, voltar para casa e comprar pela internet. Ele não precisa escolher um canal ou formato, pode navegar entre ambos naturalmente”, explicou.

Marinho também salientou que as novas gerações acham os lugares de compras entediantes, e precisam de um estimulo para ir até o local. É aí que entra a integração entre conteúdo, interatividade, centros comerciais com atrativos de entretenimento, cultura e comércio. “Em oito anos, a geração Z e a Alpha vão representar quase 50% da população brasileira e também da americana. Esse público precisa ser conquistado e por isso é necessário repensar a natureza do varejo”.

Para ele, outro ensinamento da pandemia foi de que trabalho não é onde se está, mas sim o que se faz. “Compra não é a loja onde se vai. É possível fazer essa transação de qualquer lugar e em qualquer hora, seja no online, no metaverso, no T-commerce, mobile, entre outros. Isso não fará com que a loja física morra. Pelo contrário, representa um renascimento”.

Durante a apresentação, salientou que o presencial deve ser uma experiência única e a base de dados dos clientes precisa estar atualizada para personalizar essa relação, aumentando a conversão. “Muitas vezes, a pessoa quer o que não sabe. A loja pode ser um teatro de descobertas”.

Nessa linha, o shopping center deixa de ser lugar de compra e passam a ser o que os especialistas chamam de terceiro lugar. O primeiro é a casa e o segundo, o trabalho. “O shopping será uma plataforma de conexão entre quem quer comprar e quem quer vender, mas também um local de socialização, onde se vive, trabalha, brinca e compra. Isso é varejoterapia ou a Disneyficação do shopping”, finalizou.


Texto e foto : Luciane Rocha Martins