Porto Alegre Notícias : prédio da Smov, ouvidoria da segurança pública, gaúchos desabrigados e eleições 2024

Sortimento Porto Alegre Notícias . O movimento encabeçado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul obteve vitória, ao menos por ora, em defesa do patrimônio histórico do prédio da antiga sede da Secretaria Municipal de Obras e Viação. Reportagem da Matinal explica o que significa a nova decisão sobre o caso, que se tornou uma disputa entre a comunidade urbanística e a prefeitura.

A newsletter da Matinal também destaca o Projeto de Lei estadual que propõe a escolha via lista tríplice para a ouvidoria da segurança pública, ideia que surge após o caso do motoboy negro levado preso pela BM após ser vítima de agressão por um idoso branco.

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Previsão do tempo: a terça carrega as nuvens do dia anterior, sem repetir a chuva. Tempo firme na capital, com mínima de 19℃ e máxima de 26℃.

Liminar determina preservação do prédio da Smov

O destino do prédio da antiga Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), exemplar da arquitetura modernista em Porto Alegre, tem um novo episódio: uma decisão liminar emitida no domingo (3/3/24) determina a preservação do edifício. Isso significa que, caso a prefeitura mantenha o plano de vender o imóvel, deve proibir, em edital, a demolição ou alterações que descaracterizem o prédio.

A decisão provisória do Tribunal Federal da 4ª Região (TRF4) atende a pedido do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU/RS), que considerou uma “grande vitória em defesa do patrimônio histórico-cultural”. O conselho sustenta que a demolição não deve ocorrer sem que antes seja assegurada uma análise “isenta e imparcial” sobre o valor arquitetônico do edifício.

A Matinal apurou que a Procuradoria-Geral do Município analisará a decisão do TRF4, e que o município deve recorrer.

Projeto quer alterar ouvidoria da segurança pública após caso de motoboy negro preso

No final de fevereiro, seis dias depois de o motoboy negro Everton Henrique Goandete da Silva ter sido levado preso após ser agredido por um idoso branco em Porto Alegre, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-RS) divulgou a conclusão de suas investigações. Para a sindicância da Brigada Militar, não houve racismo ou abuso de autoridade. Na esteira do caso, o deputado estadual Matheus Gomes (PSOL) apresentou um projeto de lei para que o chefe da Ouvidoria da Segurança Pública, instância responsável por acolher denúncias, seja escolhido a partir de uma lista tríplice indicada pelo Conselho Estadual de Direitos Humanos. A prática é adotada em estados como SP e MG. Hoje, a indicação do ouvidor no RS é feita pelo secretário da SSP, um cargo de livre nomeação dos governos. Para o deputado, a mudança poderia ampliar as possibilidades de controle externo das polícias. Saiba mais na reportagem da Matinal.

Seis meses após ciclone, mais de 2 mil gaúchos seguem fora de casa

Na segunda-feira (04/03/24) completaram-se seis meses do ciclone que devastou o Vale do Taquari e ainda impacta a vida de cerca de 140 pessoas que permanecem em abrigos, além das 2 mil que esperam por uma residência permanente. Prevista para fevereiro, a construção dessas moradias foi financiada pelo governo federal, com recursos suficientes para 480 casas, mas que ainda estão em fase de licitação devido às limitações do programa Minha Casa Minha Vida. Enquanto esperam, vítimas da tragédia em Encantado, como Romário e Márcia de Oliveira Tavares, vivem com os seis filhos dentro de uma sala de aula de uma antiga escola, compartilhada com outras 12 famílias. Semana passada, a prefeitura anunciou ter recebido um terreno de quase 35 mil metros quadrados para moradia popular, pelo programa de Democratização de Imóveis da União.

Giro de Notícias

Nova edição do Rolê da vacina vai imunizar estudantes da rede pública da capital contra o vírus HPV.
Além de Belém Novo, outros quatro bairros de Porto Alegre serão atendidos pelo projeto Justiça Itinerante, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
O jornalista Rogério Beidacki será o novo secretário de Modernização e Gestão de Projetos, sucedendo o presidente do MDB de Porto Alegre, Alexandre Borck, afastado pela Justiça por supostas irregularidades na Smed.
A deputada estadual Bruna Rodrigues (PCdoB) foi absolvida em processo contra o vereador cassado Alexandre Bobadra. O caso ocorreu em 2021.
Alunos, professores e servidores da UFRGS protestaram contra despacho do reitor que anula a consulta paritária nas eleições da universidade.
Em 2023, o crime de feminicídio deixou órfãos 82 crianças e adolescentes no RS, segundo dados da Polícia Civil.
O governo federal estuda suspender seu contrato de concessão com a Ecosul, responsável pela cobrança do pedágio mais caro so país.

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Sortimento : Porto Alegre Eleições 2024

Any Ortiz e delegada Nadine se aproximam na corrida pela prefeitura

Num movimento simbólico de afastamento do prefeito Sebastião Melo (MDB) e mirando as eleições municipais, as parlamentares Any Ortiz (Cidadania) e Delegada Nadine (PSDB) se reuniram na Expodireto, em Não-Me-Toque. Principais apostas da federação PSDB-Cidadania em Porto Alegre, as duas estão de acordo com a criação de uma executiva municipal da federação, ideia que deve ser concretizada em março. Até agora, mulheres são a maioria entre os nomes que devem disputar o Paço Municipal, destaca a colunista Taline Opptiz: Maria do Rosário (PT) contará com Tamyres Filgueira (PSol); Juliana Brizola será lançada pelo PDT; e Cláudia Araújo é pré-candidata pelo (PSD). A eleição deve contar ainda as candidaturas de Melo e dos deputados estaduais Thiago Duarte (União Brasil) e Felipe Camozzato (Novo), que será oficializado pré-candidato na quinta-feira

Lembrete para as eleições 2024 : Antes de definir o voto em Sebastião Melo e nos seus aliados no Executivo e na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, reflita : transporte, ecologia e educação não são prioridades dos governistas do Executivo e Legislativo municipal de Porto Alegre.

Lembre : caso de desvio na Secretaria de Educação, a aplicação no SUS de metade do proposto pela Secretaria Municipal da Saúde, as falhas e omissões no Portal da Transparência e o desrespeito de lei por elevar salário de CCs que estão lotados em uma secretaria mas trabalham em outras. Você concorda, aprova ?

Preocupado com a reeleição, prefeito Sebastião Melo (MDB), desiste do plano de entregar a gestão do Parque Farroupilha e do Calçadão do Lami à iniciativa privada neste mandato. O gestor público com apoio da maioria de vereadores da Capital gaúcha, desejam privatizar parques, praças e diversos espaços públicos.

Também vale ressaltar a fracassada privatização da Carris que foi ‘entregue’ por 70 milhões a menos que a avaliação dos bens e com concessões de linhas por 20 anos em valor simbólico de R$ 1,00.

Relembre: em entrevista à Matinal, a secretária de Parcerias da prefeitura de Porto Alegre, Ana Pellini, admitiu que a transação da CARRIS – companhia pública de transporte foi um mau negócio para a prefeitura.

A gestão do prefeito Sebastião Melo (MDB) em acordo com os vereadores da base governista eliminaram a tarifa do transporte coletivo por ônibus em Porto Alegre que proporcionava 50% de desconto no valor da passagem aos estudantes. Sim, viabilizar o estudante ir a Escola e Universidade não é importante para os atuais governistas de Porto Alegre. Já, garantir o lucro dos empresários numa concessão pública, é fundamental. Pense antes em quem votar, para quem os políticos vão governar e legislar. Se será para você e para a população ou para seleto e pequeno grupo de privilegiados.

Menos educação : Em 2021, sob a gestão de Audino, a Smed não havia aplicado o mínimo obrigatório em educação. A ex-secretária da Educação de Sebastião Melo, Sônia da Rosa, foi presa na operação Capa Dura da Polícia Civil do RS, que apurou problemas na compra de produtos. O TCE sugere responsabilização do prefeito Sebastião Melo (MDB).

Outra dica para quem deseja qualificar seu voto nas próximas eleições é ler o bacana especial Donos da Cidade do SUL 21, que traz excelente reportagem sobre a dobradinha que construtoras e prefeitura fizeram, nos últimos dois mandatos, para contornar restrições previstas no Plano Diretor e liberar grandes projetos imobiliários em Porto Alegre, com contrapartidas não realizadas e irrelevantes, numa clássica entrega de espaço público para determinados grupos que são financiadores de campanha.